Economia

Agronegócio mineiro começa 2024 batendo recorde em exportação

cafezal foto   Alexandre Soares Emater MG

Foram US$ 1,1 bilhão comercializados em janeiro, alta de 6,7% impulsionada pela valorização das commodities

As exportações do agronegócio mineiro bateram a marca de US$ 1,1 bilhão em janeiro. O montante representa alta de 6,7% em relação ao mesmo período do ano anterior e indica um recorde de melhor performance para o mês desde o início da série histórica, em 1997.

Além do valor, o bom desempenho foi registrado em relação ao volume, com o embarque de 832,5 mil toneladas, crescimento de 7,6%. “As exportações mineiras estão sendo beneficiadas pelo crescimento da demanda por alimentos da China, que é o principal país importador dos nossos produtos agropecuários. Em janeiro, as compras do país asiático somaram US$ 195,2 milhões, registrando aumento de 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Celulose, carne bovina, café, soja e açúcar são os principais segmentos importados pelo mercado chinês”, aponta o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Caio César Coimbra.

Principais destinos

Os produtos do agro mineiro foram enviados para 137 países. Além da China, que respondeu por 18% do valor total exportado, se destacaram os Estados Unidos (13%), Alemanha (8,4%), Bélgica (6%) e Itália (4,1%).

O principal item da pauta exportadora do agronegócio mineiro, o café, atingiu a receita de US$ 571,6 milhões, representando quase 53% do total das vendas externas. O café foi enviado para 67 países, sendo liderado pelos Estados Unidos (US$ 109,5 milhões). Entre os dez principais países importadores, destaca-se a China, com aumento de 360% de suas compras de café em relação a janeiro de 2023, posicionando-se na quarta colocação entre os principais destinos do produto.

Complexo Sucroalcooleiro

Composto pelas vendas de açúcar de cana, álcool e demais açúcares, o grupo obteve receita de US$ 154,9 milhões, com a comercialização de 295,3 mil toneladas. O açúcar, principal componente do segmento, registrou aumento de 37% no valor e 9,9% no volume. China e Arábia Saudita lideraram as compras da commodity.

Carnes

As carnes também mantiveram boa performance no volume embarcado, e os segmentos bovino e suíno apresentaram crescimento, totalizando 20,8 mil toneladas.

Já as vendas das duas proteínas somaram US$ 83,8 milhões, com queda de 1,4% em relação ao mês de janeiro anterior.

A carne bovina, principal proteína animal exportada pelo estado, alcançou 19 mil toneladas, com crescimento de 11% no volume e US$ 80,7 milhões, com queda de 0,8% na receita.

A carne de frango registrou queda no valor de 19,7% e no volume 4,8%, alcançando US$ 23,5 milhões e 13,2 mil toneladas, respectivamente. Já a carne suína manteve uma demanda aquecida, totalizando US$ 3,1 milhões e 1,8 mil toneladas, crescimento de 64% no valor e 37% no volume, sendo exportada para 17 países.

Produtos Florestais

O volume exportado pelo segmento foi de 153,6 mil toneladas, com aumento de 2,8%. O valor atingiu US$ 86,3 milhões, com queda de 30% na receita em comparação com o mesmo período do ano passado.

Complexo Soja

As exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) apresentaram bom desempenho no período, alcançando US$ 79,3 milhões e aumento de 71% na receita. Os bons números também foram registrados no volume, com 140,4 mil toneladas embarcadas e crescimento de 130%. O farelo de soja e a soja em grão foram os itens mais comercializados, registrando US$ 41,7 milhões e US$ 37,6 milhões, respectivamente.

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