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Campanha “A Vida por um Fio” alerta sobre os perigos das linhas cortantes

pipa

Ação incentiva denúncias anônimas do comércio ilegal desses materiais por meio do 181

Julho é mês de férias escolares e de tempo com mais vento, cenário propício para crianças e jovens brincarem ao ar livre, principalmente soltando papagaios e pipas. A diversão, que pode ser vista em vários bairros da capital mineira e nas cidades do interior, no entanto, oferece riscos se as linhas tradicionais forem substituídas por cerol ou linha chilena.

Para alertar sobre os perigos envolvidos na utilização das linhas cortantes, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) lança, nesta segunda-feira (15/7), mais uma edição da campanha “A Vida por um Fio”. O objetivo é chamar a atenção para o tema e, ainda, incentivar denúncias anônimas, pelo Disque Denúncia 181, do comércio ilegal desse tipo de material e dos locais onde são fabricados.

Somente este ano, entre janeiro e junho, já foram registrados 14 acidentes de trânsito em Minas com vítimas da utilização do cerol – sendo que em dois deles houve óbito. No mesmo período do ano passado, 11 acidentes nesses moldes foram registrados e, em todo o 2023, 23.

O motorista, entregador e motociclista Alecsandro Pires sabe bem o que é o drama do cerol. Há dois anos ele perdeu o sobrinho e afilhado, de 19 anos, vítima de um acidente de moto causado pela linha cortante. “Um acidente muito feio, que abalou toda uma família, toda uma estrutura. Ele morreu no dia do meu aniversário. Acabou com o futuro de um homem que tinha uma vida toda pela frente. Nós só ficamos alertas quando acontece com a gente. Devia doer em todo mundo”, lamenta.

Campanha

Durante todo o mês, a Sejusp publicará, por meio do Instagram (@seguranca.minas), dicas e alertas sobre os riscos do uso de linhas cortantes, de forma que a diversão não ofereça risco a ninguém. Um vídeo com um depoimento de quem vive de perto o medo de ser atingido por cerol dá o pontapé inicial na ação.

A campanha vem, ainda, acompanhada de diversas peças gráficas, que trazem informações sobre como denunciar a prática. A denúncia é gratuita, anônima e sigilosa e pode ser feita pelo Disque Denúncia 181. O serviço, disponível em todos os municípios do estado, funciona 24 horas por dia. Este ano (até maio), o canal já recebeu 17 denúncias sobre comercialização e/ou venda de linha de cerol ou chilena. No mesmo período do ano passado, foram 15.

“Esses produtos não devem ser usados em lugar nenhum, pois trazem grandes riscos para a saúde humana, podendo matar e deixar pessoas com sequelas permanentes. Então clamamos para que a sociedade não deixe isso acontecer. Denunciem para que as forças de segurança possam agir e os responsáveis sejam penalizados”, salientou o superintendente de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Bernardo Naves.

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