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Presidente do Sindiextra fala sobre papel da indústria extrativa na construção de cadeias produtivas mais seguras
Uma estrutura pequena para uma grande missão sustentada em três eixos: segurança/ sustentabilidade, competitividade e compartilhamento de ganhos. É com esta visão que o Sindicato das Indústrias Extrativas (Sindiextra) reflete sobre o papel da mineração em relação ao cenário no qual está inserido.
Atividade econômica capaz de elevar o índice de desenvolvimento humano (IDH) nos municípios em que opera, a mineração vem aperfeiçoando seus procedimentos de segurança ao mesmo tempo em que amplia diálogo com diversos setores. “Estamos sempre prontos a responder com transparência: do Ministério Público aos poderes Executivo e Legislativo, temos todo interesse em apresentar respostas, em dar cumprimento aos requisitos legais, executar ações essenciais à obtenção de licenciamentos”, pontua o presidente do Sindiextra, Luís Márcio Vianna.
O presidente pontua o relacionamento com a imprensa como forma de entregar, à população, informações rele vantes e de interesse da sociedade. O minério e seus produtos são quase onipresentes na vida contemporânea e o Brasil é rico em ferro, alumínio, níquel, ouro e também naqueles considerados estratégicos, como o lítio e as terras raras. Estes dois últimos, usados na fabricação de baterias para carros elétricos e celulares, estão entre os que possibilitam a transição energética necessária à redução dos impactos climáticos.
O presidente do Sindiextra afirma que a mineração, como setor produtivo, está atenta e já se prepara para uso de novas fontes geradoras que não o petróleo. “A descarbonização é um fato. Os setores produtivos precisam encontrar maneiras de alcançá-la. Ao mesmo tempo, a mineração tem aperfeiçoado seus instrumentos de compensação, como o reuso de 90% da água.
O descomissionamento das barragens também”, aponta Vianna. Há cerca de um século, o presidente do Brasil Arthur Bernardes disse que “minério não dá duas safras”. Porém, a reciclagem dos rejeitos da mineração dá existência a blocos de concreto, pisos para construção civil; entram na composição de agrominerais que irão melhorar a qualidade do solo e das culturas.
“A MINERAÇÃO TEM APERFEIÇOADO SEUS INSTRUMENTOS DE COMPENSAÇÃO, COMO O REÚSO DE 90% DA ÁGUA”
É um ciclo de uso, aproveitamento e reaproveitamento de recursos; de geração de riqueza direta e indireta para quem trabalha no segmento e de receita para empresas de portes diversos – do qual a mineração participa e tem a contribuir para o diálogo sobre sustentabilidade econômica e ambiental.
Os eixos que direcionam as ações e a visão de futuro do Sindiextra estão orientados pelo sistema de governança integrado por 20 conselheiros e presidido por José Fernando Coura. Este colegiado formula as políticas que regulam as relações entre o setor produtivo e os poderes públicos, sindicatos, Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), dentre outras instituições.
Na governança está a chave para melhorar a segurança operacional e jurídica da indústria da mineração; estabelecer normas de conduta ética que reforçam a transparência, definem regras e responsabilidades. “Estamos dentro de uma cadeia produtiva”, lembra Luís Márcio Vianna, consciente da estreita relação entre mineração e contexto.