Cultura

Profissionais do futuro

EDT 272 Set profissionais do futuro

 

Com um mercado cada vez mais exigente e tecnologias que surgem a todo momento, faculdades investem em inovações e atividades extras em suas grades 

          O mundo não é o mesmo de anos atrás e o ensino superior tem se movimentado para acompanhar as novas tecnologias e demandas do mercado. Atualmente, além da grade curricular básica, as instituições também precisam proporcionar aos alunos atividades extracurriculares e muita prática com foco em uma formação plena para atender o mercado.

          De acordo com Rosilene de Souza Campos, diretora da Faculdade Anhanguera Belo Horizonte, o mercado atual exige um profissional de alta performance e as instituições precisam ir além de disciplinas teóricas e práticas. “Os alunos apresentam seus projetos de forma semestral no evento Anhanguera em Família e os melhores são inscritos na jornada acadêmica em parceria com o Santander. O selecionado é contemplado com bolsas para escrever e publicar artigos, além de concorrer a bolsas internacionais de intercâmbio. Toda essa vivência irá proporcionar uma formação diferenciada para encarar os desafios do mercado atual”, afirma.

          Ela também explica que são feitas pesquisas internas com alunos e análises mercadológicas para que a faculdade consiga estar sempre atualizada e alinhada com o cenário atual. “Nosso aluno é desafiado a criar diariamente a sua melhor versão, desenvolvendo diferenciais e se descobrindo como cidadão e profissional. A faculdade que não faz isso corre o risco de não proporcionar ao aluno uma base para enfrentar os desafios e exigências do mercado”, alerta.

          Já Eduardo França, diretor-geral da Una BH, concorda que a educação superior mudou muito nos últimos anos e aponta o avanço da tecnologia como um dos principais fatores dessa transformação. “A popularização da internet faz com que o modelo híbrido ou remoto de trabalho já sejam uma realidade. Assim, as faculdades precisaram se adaptar e já criamos até mesmo novos cursos – principalmente na área da tecnologia”, analisa.

          Para ele, a sociedade busca respostas cada vez mais rápidas dos profissionais e um bom jeito de trabalhar isso é aproximar a educação da comunidade no processo de formação dos alunos. “Sempre trazemos atividades complementares, projetos de extensão, cursos e eventos voltados para a aplicação da teoria de forma prática. O elemento da mão na massa é um grande diferencial”, diz.

          As inovações ocorridas nos últimos anos também impactaram a grade curricular da Faculdade Arnaldo, que passou a inserir disciplinas tecnológicas em curso tradicionais, como a disciplina de odontologia digital no curso de odontologia. “Também é importante lembrar que ferramentas como o Google e o ChatGPT vieram para mudar a relação do ensino e da aprendizagem e é preciso estarmos atentos a isso”, afirma o diretor executivo João Guilherme Porto.

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João Guilherme Porto: formar profissionais antenados às demandas do mundo moderno

          Porém, ele alerta que as novas tecnologias são apenas uma parte dessa formação. “Entendo que precisamos formar seres humanos com habilidades emocionais. Temos projetos extracurriculares que permitem aos alunos atuar em comunidades, fazer atendimentos sociais e até um intercâmbio cultural no Pará para formar profissionais com habilidades que estejam antenadas às demandas do mundo moderno – como a questão ambiental”, explica.

          Para ele, uma instituição de ensino que não faz esses movimentos tende a desaparecer com o tempo. “Vivemos em um mercado extremamente competitivo e as faculdades precisam estar preparadas para as novas demandas profissionais e sociais. O mercado hoje precisa de profissionais com capacidade técnica, mas sobretudo de pessoas com habilidades emocionais que sejam capazes de transformar o mundo em que vivemos”, aponta.

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