Após assinatura da permissão, documento será enviado ao Sistema Nacional de Transplantes, que pode ser acessado pelos profissionais e instituições de saúde
A partir de agora, quem desejar se tornar doador de órgãos no Brasil poderá preencher um documento eletrônico que vai tornar oficial a vontade do doador. A Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) poderá ser feita em qualquer um dos 8,3 mil cartórios de notas do país. A emissão é gratuita.
O lançamento da campanha “Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém” aconteceu nesta terça-feira (2/4) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Colégio Notarial do Brasil. As autorizações ficarão disponíveis em um sistema eletrônico e poderão ser acessadas pelos profissionais de saúde para comprovar o desejo de quem faleceu.
O cidadão poderá autorizar a doação dos seguintes órgãos: coração, pulmão, rins, intestino, fígado, pâncreas, medula, pele e músculo esquelético.
Quem se interessar pela autorização eletrônica pode acessar o site da AEDO e preencher um formulário eletrônico, que será enviado ao cartório selecionado no momento do acesso. A seguir, uma data será agendada pelo cartório para a realização de uma videoconferência, na qual o cidadão será identificado e deverá assinar o documento eletronicamente.
Após a tramitação do pedido, o documento ficará armazenado no Sistema Nacional de Transplantes e poderá ser acessado no momento do óbito do doador.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou do evento de lançamento da campanha. Para a ministra, a iniciativa vai favorecer a doação de órgãos no Brasil. Segundo Nísia, as doações de órgãos possibilitaram 9,2 mil transplantes no país, em 2023. O número representa aumento de 13% em relação a 2022.
“Tenho certeza de que nós vamos contribuir muito para que o número de doadores aumente. Muitas vidas são salvas com a nossa doação individual. Sou uma entusiasta da doação de órgãos, da doação de sangue. O Brasil é uma referência nesse sentido”, afirmou.
*Com informações da Agência Brasil