Imagem de Thomas Ulrich por Pixabay
Um dia teremos que enfrentar com seriedade o problema. O mundo inteiro debate formas de regulamentação das redes sociais. Aqui o debate é distorcido, colocado como questão política entre direita e esquerda. Alguns querem silenciar as redes com legislação dúbia. Outros, claro em função do momento político que vivem, defendem a proibição da regulamentação, com um discurso baseado na liberdade de expressão, liberdade que nem sempre defenderam e até combateram com violência.
O tema agora está sobre a mesa de discussões – alguns políticos oportunistas buscam colocá-lo sob a mesa – e não se vê no horizonte qualquer possibilidade de consenso. Os interesses são muitos e, reconheçamos, a ignorância sobre o tema também. Somos todos leigos. Ainda vivemos a revolução na comunicação provocada pelas redes sociais. Mas qual será, a médio prazo, a capacidade de influir das redes? Ainda estamos vivendo a fase do encantamento, de aceitação, por desconhecimento, de tudo aquilo que nos impingem. Este é o risco. Disso estão se aproveitando espertalhões de todas as espécies para obter vantagens em todas as áreas.
Os interesses são muitos e, reconheçamos, a ignorância sobre o tema também. somos todos leigos
Muitos usam a defesa de preceitos democráticos, como a liberdade de expressão, para, nas redes sociais, tramar contra a democracia. Corromper. Diante da enorme capacidade das redes sociais de influir, de dominar mesmo as pessoas, o melhor mesmo é regulamentá-las, assim como se deve regulamentar o uso da inteligência artificial. Como regulamentar é a questão ainda sem solução. Confesso que não tenho a fórmula.
