Estilo de Vida

Atenção! Veja os riscos que a onda de calor e baixa umidade do ar oferecem a crianças e idosos

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De janeiro a julho deste ano, 2.301 pessoas dessas faixas etárias foram internadas em unidades de saúde de todo o estado.

A onda de calor não está para brincadeira, e Minas Gerais é um dos estados mais impactados pelo efeito climático. E não são apenas as altas temperaturas a assombrarem os mineiros, ela traz consigo a baixa umidade do ar, que tem chegado a níveis de deserto – abaixo de 20%. Esa combinação é uma bomba-relógio para o organismo, que sofre com a desidratação, viroses, problemas gastrointestinais e muita indisposição, prinicpalmente em crianças e idosos.

De acordo com a referência técnica da Diretoria de Promoção da Saúde e Políticas de Equidade da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Carolina Guimarães, é essencial aumentar a hidratação nesses períodos.

“Principalmente nestes dias de calor intenso e de umidade relativa baixa, é importante se atentar para a ingestão de água, evitando sua substituição por bebidas adocicadas, como refrigerantes, néctares, sucos artificiais e bebidas alcoólicas”, detalha.

Veja outras recomendações importantes neste período:

– Evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h
– Utilizar roupas leves, bonés ou chapéus e protetor solar
– Deixar as janelas abertas em casa e em veículos sem ar-condicionado
– Manter ambientes úmidos com toalhas molhadas, umidificadores de ar ou mesmo baldes com água
– Tomar banhos ligeiramente mornos, evitando a mudança brusca de temperatura

Além da sede

Urina escura, cansaço, pele ressecada e até prejuízo na função renal: a ingestão insuficiente de água faz com que o corpo apresente sinais que vão bem além da sensação de sede e de boca seca. Em caso de transpiração excessiva, fraqueza, tontura, náuseas, dor de cabeça, cãibras musculares e diarreia, é fundamental procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de casa para atendimento.

“Para evitar um possível quadro de desidratação, em geral recomenda-se a ingestão média de dois litros de água por dia. No entanto, essa quantidade pode variar, dependendo da temperatura, atividades que a pessoa realiza e se estará exposta ao sol”, explica Carolina Guimarães.

De acordo com Daniela Dutra, também referência técnica da Diretoria de Promoção da Saúde e Políticas de Equidade, outro fator a ser considerado na avaliação da quantidade e da frequência de ingestão diária de líquidos é o ciclo da vida em que a pessoa se encontra. No caso dos idosos, por exemplo, recomenda-se uma frequência maior.

“Isso porque, com o avanço da idade, ocorre a redução da sensação de sede, bem como da percepção do calor, além do aumento da perda de líquidos pelo organismo, fazendo com que a desidratação nesse público aconteça de forma mais rápida”, salienta.

Em relação às crianças, é importante que os responsáveis estimulem os pequenos a tomarem água já que eles nem sempre sinalizam aos adultos quando sentem sede. “É muito importante se atentar para os primeiros sinais de sede e satisfazer de pronto a necessidade de água indicada pelo nosso organismo”, reforça Daniela Dutra.

De janeiro a julho de 2023, foram internadas, em unidades de saúde de todo o estado, 2.301 pessoas por desidratação, sendo 384 crianças de até 9 anos e 1.178 idosos com mais de 60 anos.

Aliados para reforçar a hidratação

Daniela explica, ainda, que frutas e verduras contêm grande potencial complementar na hidratação. “Frutas como melancia, melão, acerola, laranja, mexerica e abacaxi possuem alta composição de água, além de vitaminas e minerais. Sucos e picolés feitos do suco natural de frutas também são uma boa alternativa”, orienta.

Ela ainda reforça que é preciso dar preferência a alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, legumes, hortaliças, cereais, leguminosas e carnes magras. “Especialmente nesses dias mais quentes, recomenda-se evitar alimentos e preparações gordurosas e buscar uma alimentação mais leve e saudável”, conclui a técnica.

 

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