Com a chegada do verão e o aumento da exposição ao sol, o câncer de pele volta ao centro das atenções na saúde pública brasileira. Considerado o tipo de câncer mais frequente no país, ele responde por cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados, segundo dados do Ministério da Saúde..
A doença ocorre quando as células da pele passam a se multiplicar de forma descontrolada e pode atingir pessoas de todas as idades, embora seja mais comum após os 40 anos. Existem dois grandes grupos de câncer de pele, o melanoma e o não melanoma. O melanoma é menos frequente, representa cerca de 3% dos casos, porém é o mais agressivo, com maior risco de metástase. Já o câncer de pele não melanoma é o mais comum no Brasil, tem alta chance de cura quando diagnosticado precocemente, mas pode causar lesões extensas se não tratado adequadamente.
Sinais de Alerta e Prevenção
Entre os principais sinais de alerta estão manchas que coçam, descamam ou sangram, pintas que mudam de tamanho, forma ou cor e feridas que não cicatrizam em até quatro semanas. Lesões suspeitas surgem com maior frequência em áreas mais expostas ao sol, como rosto, orelhas, pescoço e braços. A identificação precoce é decisiva para o sucesso do tratamento e pode evitar complicações mais graves.
Em Minas Gerais, dados da Secretaria de Estado de Saúde mostram que, entre 2022 e 2025, foram registrados mais de 29 mil casos de câncer de pele, sendo a maioria não melanoma. No mesmo período, foram contabilizados 1.866 óbitos, com maior impacto entre pessoas com 50 anos ou mais. A faixa etária acima dos 80 anos concentrou a maior parte das mortes, evidenciando a gravidade da doença entre idosos.
A principal forma de prevenção é a proteção contra a radiação solar. O Ministério da Saúde recomenda evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, usar chapéus, roupas de manga longa, óculos escuros e aplicar protetor solar diariamente, inclusive em dias nublados. A observação regular da pele e a busca por atendimento médico diante de qualquer alteração também são fundamentais para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura do câncer de pele.
Créditos: Pixabay
