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EM 2050, Um país pobre e envelhecido

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Reprodução:www.freepik.com

 

O progresso que aconteceu no mundo desde a Revolução Industrial (século 18) decorreu das mudanças proporcionadas pela inovação e pelo crescimento populacional. O aumento da população estava limitado por pandemias, guerras e fome, e o da produção per capita pela densidade demográfica. Novas fontes de energias aplicadas à produção e aos transportes expandiram a produtividade, acelerando o crescimento da economia.

Nesse contexto, a população rompeu os limites impostos pela fome. Os níveis de mortalidade, principalmente da mortalidade infantil, caíram e a população passou a crescer, e com perfil mais jovem devido ao aumento progressivo de crianças e jovens. Somente em meados do século 20 as taxas de natalidade começaram a cair, com o aumento da urbanização, da renda per capita e da escolaridade. Aqui no Brasil, em 2024, os nascimentos tiveram queda de 3,5% em relação ao ano anterior. Foi o volume mais baixo de crianças registradas desde 1974.

A Taxa de Fecundidade Total (TFT) – que é o indicador do número de filhos que uma mulher teria ao longo de seu período reprodutivo, se submetida às taxas específicas de fecundidade por idade de um determinado ano atingiu, em 2022, o menor valor histórico (1,5 filho por mulher). Em 1970, a TFT era de 5,8 filhos por mulher!

EM 2050, SERÃO 70 MILHÕES DE IDOSOS, COM MAIS DE 2 MILHÕES VIVENDO NA POBREZA

Uma das consequências demográficas foi a elevação da idade mediana – aquela que separa a população exatamente no meio da distribuição etária de 17 anos, em 1970, para 35 anos, em 2022. A participação relativa da população com 60 anos e mais passou de 5%, em 1970, para 15,6%, em 2022, e passará de 30% em 2050.

Em destaque na imprensa aparece o alerta de que, no Japão, a população com 65 anos e mais já representa 29% do total e, em 2050, 20% dos japoneses idosos viverão sozinhos. Aqui, a população pobre é de cerca de 60 milhões, das quais mais de um milhão são velhos. Em 2050, serão 70 milhões de idosos, com mais de 2 milhões vivendo na pobreza, provavelmente, sozinhos, e, portanto, dependente dos programas públicos saúde e de transferência de renda. Triste previsão. Para dar conta desse desafio, o Brasil precisa concentrar seus esforços na aceleração da produtividade (inovação) para crescer e criar superavit no orçamento. Agir agora para evitar a tragédia amanhã.

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