Saúde

Consumo de álcool cresce no fim de ano e amplia riscos à saúde e ao trânsito

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O consumo de bebidas alcoólicas segue entre os principais fatores de risco para doenças, mortes evitáveis e impactos econômicos no Brasil. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o país gasta cerca de R$19 bilhões para lidar com consequências diretas e indiretas do álcool, incluindo internações, procedimentos de saúde e perdas de produtividade. Informações do DataSUS mostram maior concentração de internações e óbitos nas regiões Sudeste e Sul, com predominância entre homens e maior vulnerabilidade entre pessoas de baixa escolaridade, além de pretos e pardos.

Do total estimado, aproximadamente R$1,1 bilhão corresponde a custos diretos do Sistema Único de Saúde, enquanto R$17,7 bilhões estão relacionados a impactos indiretos, como afastamentos do trabalho, aposentadorias precoces e mortalidade prematura associadas ao consumo. Especialistas apontam que esses números reforçam a necessidade de políticas públicas integradas de prevenção e cuidado, com recortes territoriais e sociais para reduzir desigualdades e a sobrecarga nos serviços de saúde.

Aumento do consumo no fim de ano

No período de festas de fim de ano, o consumo tende a aumentar impulsionado por confraternizações e celebrações familiares, ampliando os riscos à saúde e à segurança. Estudos acadêmicos indicam que o álcool é a substância mais frequentemente identificada em vítimas de mortes violentas e está diretamente associado à gravidade de ocorrências no trânsito, devido à redução de reflexos, aumento do tempo de reação e alterações no julgamento de risco. O cenário reforça a importância de ações como fiscalização, campanhas educativas e testagem toxicológica em pontos críticos.

Créditos: Pixabay

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