Pratos do Tragaluz: paixão, tempo e respeito na preparação
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Tragaluz comemora um quarto de século e chega a Belo Horizonte com o Lagar, que repete a excelência da culinária da casa de Tiradentes
Destino imperdível para os amantes da boa gastronomia na charmosa Tiradentes, emoldurada pela serra de São José, o Tragaluz Restaurante Casa completa 25 anos. “Olhar para trás é reconhecer, com gratidão, os momentos vividos e os clientes que fizeram parte da nossa história. Continuamos animados para continuar esta bela trajetória, sempre pensando na melhor experiência para quem visita a nossa casa”, comenta o médico Pedro Navarro, sócio-proprietário do restaurante, junto à esposa, a fonoaudióloga Patrícia.
O simpático estabelecimento ocupa um casarão de quase 300 anos, na rua Direita, e, como um brinde pelas bodas de prata foi eleito, pelo quarto ano consecutivo, pela Casual Exame, como um dos 100 melhores restaurantes do Brasil. Navarro, que administra a marca na histórica cidade do Campo das Vertentes há alguns anos, desde que comprou o restaurante de sua tia, dona Zenilca, lembra que a premiação reconhece a dedicação e o trabalho de toda equipe que é co mandada pelo chef executivo Felipe Rameh com a parceria da chef operacional Jésica Mota.
“Cada prato continua a ser preparado como se fosse o primeiro: com paixão, tempo e respeito. Porque o Tragaluz, mais do que um simples serviço, é um lugar repleto de histórias — com aromas, com gosto, com alma”, destaca Pedro.
Pedro Navarro segue com novidades. Depois de inaugurar o Lagar Tragaluz em Tiradentes foi a vez de Belo Horizonte receber também uma unidade da casa, que abriu as portas há poucos dias, no 4º andar do shopping Diamond Mall, com outros sócios. Segundo Pedro, no Tragaluz, o foco está nos ingredientes do terroir mineiro, com influências históricas que dialogam com as heranças portuguesa, indígena e africana. “Já no Lagar Tragaluz, exploramos sabores de regiões e países reconhecidos pela excelência na produção de azeites e vinhos — incluindo rótulos de Minas Gerais — reforçando ainda mais o conceito de ‘lagar’”, explica.
Falando em comida saborosa e voltando a citar um nome expressivo no cenário mineiro e mundial da gastronomia, o chef executivo Felipe Rameh, que responde pelos cardápios do Traga luz e do Lagar Tragaluz, garante que os clássicos do cardápio são uma garantia tanto para quem visita Tiradentes, como para quem se dirige ao Diamond Mall para um inesquecível momento de prazer à mesa. Pedro Navarro é só elogios ao chef: “Rameh conhece como poucos a alma do Tragaluz, sua história e sua profunda conexão com Tiradentes. Sua experiência o impulsio na em um processo criativo contínuo, expresso tanto nos cardápios do Tragaluz quanto do Lagar Tragaluz”.
“Buscamos nos aproximar cada vez mais da mineiridade, da cultura local e dos produtores da região. Nosso cardápio fala não apenas de ingredientes, mas também de modos de fazer. É o caso, por exemplo, das técnicas de preparo da carne de lata, dos modos de defumar e conservar alimentos, entre outros saberes que atravessam gerações”, destaca Rameh. Alguns dos ingredientes são reconhecidos como patrimônio imaterial do Estado (como o milho e a mandioca). “Falamos muito das Minas e pouco das Gerais”, analisa Felipe Rameh.
O novo menu traz elementos das Gerais como a castanha de baru, o pequi e a carne serenada. O chef busca inspiração nas suas pesquisas sobre o estado mineiro. “A gente precisa recontar essa história que durante muito tempo foi dita de uma maneira muito romântica por causa da herança da cozinha portuguesa quando, na verdade, existe um apagamento histórico. Precisamos falar das heranças do povo vindo da África nesse processo de escravização, o quiabo como protagonista, essa comida mais pastosa, para compartilhar, a mandioca como símbolo da cultura indígena. Falamos um pouco sobre tudo isso nesse novo cardápio”, explica. Rameh destaca o Guela de Pato, rigatoni, ragu de costela e rabada, muçarela, pomodoro, raspa de limão siciliano e pancs (plantas alimentícias não convencionais).
“Esse prato traduz muito bem o conceito do Tragaluz, é uma comida que alimenta corpo e alma, aquece, conforta, aconchega”, acrescenta o chef. Para Rameh, não existe cardápio sem bons ingredientes, estrutura de cozinha compatível e pessoas felizes e motivadas. “O Tragaluz além de uma empresa sólida, é um espaço que acolhe. Temos bons ingredientes e boas histórias o que faz um cardápio rico e consistente para encantar e emocionar as pessoas, o que é a especialidade do Tragaluz”, arremata.
“Um restaurante precisa, sim, ter comida boa. Esse é o ponto de partida. Mas há algo maior que tempero e técnica: o que realmente toca quem se senta à mesa é a ligação com o lugar, com as pessoas, com as histórias que ali vivem e se revelam em cada detalhe. A experiência à mesa nasce do conjunto: o sabor, o olhar, o gesto, a escuta, a ambiência, o serviço, a memória”, finaliza Pedro Navarro.