No Café do Museu e no Almanaque, cliente escolhe a proteína e recebe vários acompanhamentos
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Restaurantes de renome de Belo Horizonte aderem ao sistema de rodízio no almoço e oferecem experiência diferenciada aos seus clientes
Após funcionar durante 14 anos no Museu Abílio Barreto, entre 2000 e 2014, o Café do Museu inaugurou em abril deste ano sua nova casa no Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte (CCBB BH) com uma novidade no cardápio. Além dos pratos clássicos, servidos no período noturno, o Café do Museu oferece agora um almoço no sistema de rodízio – modelo de serviço que vem ganhando espaço em restaurantes renomados de BH.
“A nova casa mantém a essência que já tínhamos, como a nossa maneira de atender, um ambiente agradável e uma boa música. O cardápio traz muito da história do café, com algumas diferenças, e a grande novidade é o nosso novo formato do almoço”, explica a proprietária Carolina Moretzsohn.
Com preços que variam entre R$ 55 e R$ 68, o cliente escolhe entre as sete proteínas disponíveis e o serviço inicia-se pela salada. “Depois, servimos cerca de 12 opções de acompanhamentos que variam diariamente, incluindo risotos, farofas, purê de batata-doce com castanha do Pará, espaguete de pupunha e gratinado de legumes. Para os vegetarianos, há a opção de pedir somente o rodízio, que sai a R$ 48”, explica.
Segundo a empresária, os processos adotados garantem a qualidade do rodízio e o modelo é vantajoso para todo mundo. “As preparações são feitas em pequenas quantidades e a escolha de ingredientes é criteriosa, para garantir a qualidade do produto final. Além disso, temos a liberdade de variar nas preparações sem ficarmos presos a um cardápio fixo e o cliente come à vontade por um único valor – além de poder almoçar diariamente sem repetir opções praticamente”, analisa.
Já o empresário Vando Fontes, sócio proprietário do grupo Almanaque, afirma que viu na unidade Savassi (única que oferece o rodízio) um grande potencial para ofertar esse modelo. “Estamos em uma região bastante corporativa e com faculdades próximas. Vi que havia uma predominância do almoço executivo ou self service e poucos lugares trabalhavam com o modelo de rodízio”, afirma.
Com preços que variam entre R$ 34,90 e R$ 56,90, o cliente escolhe entre os seis tipos de proteínas disponíveis, qual molho deseja e até o ponto da carne. “Enquanto isso, servimos algumas entradas e o couvert. Quando a proteína chega, começamos a servir cerca de 16 tipos de guarnições. Tirando algumas opções, como a batata frita, o restante das guarnições varia diariamente. A grande diferença está na experiência, o cliente vê os pratos sendo feitos e a equipe leva as panelas e recipientes até às mesas. É algo diferenciado”, garante.
No gastrobar Gilda, que completa um ano de funcionamento em dezembro, o rodízio de almoço é ofertado desde maio. “O que nos motivou foi, principalmente, a logística. É um serviço mais ágil e que atende a necessidade de quem trabalha na região e não pode perder muito tempo”, revela Ricardo Laudares, coordenador- -geral da casa.
Por lá, são servidos cerca de oito tipos de proteínas (a partir de R$ 38), quatro guarnições fixas – incluindo feijão-tropeiro e legumes no vapor – e quatro guarnições que variam segundo a sazonalidade. “Ao chegar, o cliente já recebe uma porção de chips de batata frita e, ao escolher a proteína, já recebe a sua salada. Também atendemos muitos veganos e vegetarianos, que podem comer apenas o rodízio por R$ 34”, conta o chef Danilo Bernardo.
Sobre o preconceito que ronda a palavra “rodízio”, muitas vezes tido como algo barato ou sem qualidade, a dupla garante que não houve problemas para atrair o público. “Trabalhamos com bons fornecedores e o cliente percebe que é possível ter produtos de qualidade com boa apresentação. Tem sido um sucesso”, comemora Ricardo.
