Previsão é que as intervenções comecem em julho e sejam concluídas até o fim de 2024
Para ter mais agilidade e garantir que os elevadores da Cidade Administrativa voltem a operar o mais rapidamente possível, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG) definiu que as intervenções necessárias nos equipamentos serão conduzidas pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge).
A decisão foi oficializada por meio de um termo de composição assinado entre as duas partes. De acordo com a Codemge, estão sendo definidas as empresas que irão realizar o serviço. A previsão é a de que as obras sejam iniciadas até julho, com prazo de conclusão ainda no segundo semestre de 2024.
O planejamento, conforme estabelecido pela Secretaria, é que os elevadores voltem a ser utilizados de forma gradual, a partir da conclusão dos reparos e intervenções nos primeiros equipamentos. O montante total de recursos necessário para as intervenções ainda está sendo estimado, visto que depende da definição sobre quais serão os executores das obras.
Segundo a secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, a Codemge, enquanto empresa, tem mais flexibilidade para execução das obras por estar submetida a outros dispositivos legais, diferentes dos que regem o processo nas secretarias do Executivo. O propósito da cooperação é garantir que a volta à normalidade ocorra no menor prazo.
A Codemge é uma empresa estatal, que faz parte da Administração Pública Indireta do Estado de Minas Gerais, e é organizada sob a forma de sociedade por ações, tendo o Governo de Minas como principal acionista. A organização tem como missão de facilitar a promoção do desenvolvimento econômico e social no estado.
Histórico
Os danos estruturais identificados nos elevadores dos prédios Minas e Gerais, segundo o Estado, são decorrentes da má construção dos edifícios, inaugurados em 2010.
Em novembro de 2023, durante procedimentos de manutenção permanente e preventiva, foram detectadas falhas no funcionamento de alguns elevadores do Prédio Minas, na Cidade Administrativa. Na época, foi contratada uma perícia para avaliação da situação e os 22 elevadores sociais do Prédio Minas foram desligados e interditados, para garantir a segurança e evitar riscos aos servidores e visitantes.
Em abril de 2024, após a entrega do laudo da perícia contratada e a realização de processo licitatório emergencial, foi selecionada uma empresa para realização das intervenções necessárias. Entretanto, a empresa declinou da assinatura do contrato, alegando dificuldades internas em cumprir as obrigações estipuladas.
Diante disso, novas perícias foram realizadas, desta vez pelos órgãos de segurança e infraestrutura do Estado, e contemplando também os elevadores do Prédio Gerais, de forma preventiva. Após conclusão do relatório dessa perícia, entregue à Seplag em 9/5, foi indicada a necessidade de reforço nos pilares metálicos das estruturas dos edifícios, sendo constatada a gravidade da situação e a necessidade de suspensão do uso de todos os 54 elevadores que atendem os prédios Minas e Gerais.
Com a interdição dos elevadores, foi publicado no Diário Oficial de Minas Gerais o Decreto nº 48.820/2024, que autoriza o teletrabalho excepcional para servidores da Cidade Administrativa, sendo iniciada a reorganização da prestação de serviços e atendimento ao cidadão no complexo.