Comportamento

Adulto diz cada uma

adulto diz cada uma

Imagem de Freepik

 

            O médico Pedro Bloch escreveu nos anos 80 “Criança diz cada uma!”, livro que todo adulto tinha em casa. Realmente, é difícil superar a molecada quando o assunto são frases de efeito. A franqueza infantil parece inigualável. Até você amadurecer e começar a notar que os amigos não estão assim tão diferentes das crianças, só um pouquinho mais cultivados.

            Roberto, antes de assoprar as velas em seu aniversário de 70 anos: Minha vida foi um tsunami com um céu de Chagall.

           Joana, cinquentona, quando perguntaram sobre seu namoro: Acabou. Tudo acaba. Igual ao bar de ostras do Plaza.

          Sarita, 99 anos, esperando para ser atendida no hospital: Me lembra quando eu chegar em casa de rever no dicionário o significado da palavra emergência.

          Conversa entre três irmãs num barzinho: — Pesquisa diz que os homens preferem o corpo da Kim Kardashian ao da Jennifer Aniston. Ou seja, preferem os corpos com mais carne. Já eu gosto mesmo é de homem sarado.

— Só conheço homem sarado de ver na revista. Mas não me queixo. Amo a barriguinha do meu marido.

— É o que eu sempre digo, barriga de chope é o tobogã do amor.

         Eduardo, quando convidado para ir à praia: O ser humano é o único animal que se expõe voluntariamente ao sol do meio-dia.

         Entreouvido num restaurante: Nas próximas férias, vou para a Escandinávia. Todo filme sueco ou norueguês que eu vejo tem um louro lindo que foi abandonado pela mulher.

          No restaurante chinês:

— Vamos querer a sopa de ovo com milho, a guioza, o rolinho primavera. Peraí, o rolinho primavera, não. Carne de porco, arroz de verduras…

Tem cogumelo no arroz? Ótimo. O pato. Nossa! O pato deve ser ótimo. Mas acho que vai ser muito. É melhor ficarmos só no porco. Arroz colorido para quem não gosta tanto assim de verdura. E frango xadrez com shitake e bambu. É isso.

            O garçom se afasta. E alguém da mesa observa: —Que confusão esse pedido! Chama o garçom de novo.

 — Não precisa: ele entende, ele é chinês. E não é que ele acertou os pedidos?

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