Luisa Moretzsohn: captação de clientes qualificados
FOTOS \ DIVULGAÇÃO
Deixando de lado as redes sociais, buffet de Alessandra Moretzsohn e de sua filha Luisa conquista mercado com a qualidade dos produtos e a indicação de seus próprios clientes
Dizem que, atualmente, é impossível sustentar um negócio sem estar nas redes sociais. Pode ser que essa máxima tenha valor para empresas que ainda estejam construindo as suas marcas ou que tenham produtos que se encaixem perfeitamente no universo digital.
Não é o caso do buffet de Alessandra Moretzsohn, que está há quase três décadas no mercado e tem conseguido captar clientes qualificados – como Magnesita, Sada e Carbel – sem precisar se render à rotina frenética de postagens e criação de conteúdos. “As redes sociais têm sim um grande potencial de gerar marketing. Mas, acaba ficando algo im pessoal, percebemos que para o nosso negócio não funciona muito bem.
Além dos orçamentos não avançarem, temos que investir em bons profissionais para criar conteúdos que funcionam. É muito dinheiro e tempo para captar clientes que, muitas vezes, não são o público alvo da empresa”, explica a filha Luisa.
Com 26 anos, a jovem está à frente do negócio junto com Alessandra e brinca que o CNPJ da em presa é mais velho que ela. Portanto, ela tem me mórias antigas da mãe captando clientes de forma mais pessoal. Ela conta que, muitas vezes, alguém se interessava pelo trabalho de Alessandra e a mãe anotava o número de telefone da pessoa em um guardanapo para ligar depois.
“Outro ponto é que sempre ocupamos lugares muito estratégicos para a captação de clientes qualificados. Quando tivemos buffet no Rotary, no Centro de BH, minha mãe tinha contato direto com os donos das empresas, o que já era um caminho para fechar negócios. São pessoas que já têm contato com o nosso trabalho e indicam para outras pessoas com o mesmo perfil. Esse tipo de captação sempre fez mais sentido para nós”, garante.
Para conseguir tantas indicações de clientes importantes, também é preciso focar em boas experiências para se destacar no mercado e conseguir mais contratos. Luisa aponta que os insumos de qualidade, a expertise dos profissionais e o capricho na montagem das mesas – com destaque para frutas como mirtilos e physalis – são outros diferenciais da marca. Os salgados e doces também são feitos todos artesanalmente, sem uso de máquinas ou compra de produtos congelados. É tudo feito à mão por uma equipe de quase 20 pessoas.
“As pessoas comem primeiro com os olhos, somos bastante elogiadas nesse sentido. Também vamos além do nosso papel de servir comida e bebida, nós ajudamos de fato naquilo que o cliente precisa. Se ele demanda um decorador nós conseguimos indicar alguém. Temos esse atendimento personalizado que agrada bastante, minha mãe trouxe muito disso para o negócio. Da minha parte, sou muito rápida em enviar orçamentos pois já trabalhei com vendas. Nós unimos duas expertises essenciais.”
Ela também aponta que todo esse relaciona mento foi fundamental para a manutenção do negócio durante a pandemia, quando elas venderam marmitas com pegada mais gourmet – seguindo uma linha de qualidade que já fazia parte do buffet. Hoje, esse já não é mais o foco e elas voltaram a fazer eventos, apesar de ainda oferecerem almoço nos restaurantes de duas unidades do Labbing Cowork – onde a empresa também está instalada.
“É um espaço onde também fazemos muitos eventos e somos vistas. As empresas participam de um café e pedem nosso contato, conseguimos muitas indicações estando nesses lugares. Temos consciência de que nosso serviço tem um tíquete médio mais elevado e será contratado por em presas que enxergam valor em um produto mais diferenciado. Isso também ajuda a agregar valor na imagem delas, é bom para ambos”, diz.