Tecnologia digital permite aproximação com o correntista
Com estratégias inovadoras, Bmg tem oferta variada de produtos de crédito e facilidades para os clientes
Em um cenário de difícil acesso ao crédito, especialmente para uma camada mais carente da população, um banqueiro visionário apostou as fichas na sua intuição, e provou, de imediato, o sucesso. Isso foi há pouco mais de 20 anos. Até hoje, a empresa, criada por seu pai, há 94 anos, o Bmg de Antônio Mourão Guimarães (1888 – 1965) colhe os louros do feito.
O filho, Flávio Pentagna Guimarães (1928 – 2023), o então, banqueiro visionário, foi quem enxergou a enorme possibilidade de mercado, assim que o governo lançou o empréstimo consignado com desconto em folha para aposentados e pensionistas do INSS.
O momento não poderia ser mais oportuno. Era um período da vida brasileira em que a população assalariada não tinha acesso ao crédito. Coincidiu de o Bmg estar deixando de operar financiamento de veículos, entre os anos 1980-1990, para buscar uma nova diversificação de sua carteira.
Estava dada a largada. Era a vez do crédito com desconto em folha. “A medida do governo fez brilhar os olhos do meu avô. E o banco foi pioneiro nessa aposta intuitiva, que provocou encantamento aos brasileiros e virou o principal produto de crédito no país”, conta o quarto dirigente do banco na linha sucessória, o vice-presidente de Sustentação de Negócios do Bmg, Flávio Pentagna Guimarães Neto.
A partir da segunda década deste século, as taxas exorbitantes acabaram por destravar o crédito consignado de vez, analisa Flávio Guimarães. “E não pararam de crescer as operações de empréstimo consignado com desconto em folha. O que se tornou um dos nossos principais produtos, com saldo da carteira de R$ 3,5 bilhões, e que está cada vez mais competitivo desde que o governo criou o teto de juros para os consignados até 1,66%”.
Ele diz “um dos principais”, por que o Bmg foi diversificando a carteira com outros produtos que vêm alavancando a modalidade ao longo dos anos, como o Cartão de Crédito Consignado. Esse, sim, o principal produto do banco, que não cobra anuidade e oferece até 1,6 vez o crédito do provento do INSS ou do salário do servidor público. Era como queria o avô de Flávio Guimarães Neto, por considerar, como ele dizia, “taxa justa para o cliente e risco baixo para o banco”.
Outro produto de crédito que atraiu os correntistas é o Cartão Benefício, que, junto ao Cartão de Crédito Consignado, responde por R$ 12,2 bilhões em saldo de carteira. “Com ele, o cliente pode parcelar a fatura até 84 vezes. E há cerca de dois anos lançamos o crédito de antecipação do saque-aniversário do FGTS a taxas reduzidas. São produtos voltados para a base da pirâmide social”, observa o vice-presidente do Bmg, que conta hoje com mais de 10 milhões de correntistas.
O início dos anos 2000 também foi marcante e desafiador para o banco, que buscou inovar seus canais para fazer os seus serviços chegarem aos locais mais longínquos. Para isso, o Bmg apostou na figura do correspondente bancário, uma prática que se espalhou pelo Brasil. Mais tarde, volta a inovar, desta vez, com lançamento de franquias.
“O banco aproveitou as melhores práticas e, em 2016, lançou o sistema de franquias help! Hoje, com mais de 780 lojas, ocupa o 22º lugar no ranking da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Trata-se de um modelo inovador que oferece produtos de crédito e seguros”, destaca Flávio Guimarães. Para obter uma franquia help!, o interessado investe a partir de R$ 160 mil e tem retorno entre 24 e 30 meses.
Paralelamente, o Bmg tem 22 agências da marca espalhadas pelas capitais dos estados da federação. Mas, garante o vice-presidente, que hoje investe em canais de relacionamento e faz uso da tecnologia digital para maior aproximação com o seu correntista. “Sabemos que a base de clientes idosos apresenta baixa digitalização, mas eles são bem orientados pelos franquiados help!, que prestam atendimento nesse sentido”, ressalta o vice-presidente do banco.
Outra forma de aprimorar o relacionamento com o cliente é através do marketing. “Nós apostamos no futebol como principal plataforma de visibilidade. Hoje, estamos com o Atlético Mineiro, Vasco e Corínthians. O correntista torcedor tem o banco digital do seu time, um desses três. O aplicativo dele tem a cara do time para o qual ele torce. É uma forma simpática de expor a marca”, revela Flávio Guimarães.
Mas, não só de varejo se serve o Bmg. Nos segmentos de Corporate e Middle Market, ainda, em 2022, o banco adquiriu 50% da Araújo Fontes com objetivo de ampliar a oferta de produtos e serviços para acelerar o crescimento dos negócios no atacado.
Quando o assunto é investimento, o CDB é o principal produto, cuja captação geral (pré e pós- -fixado) responde por cerca de R$ 28 bilhões. Uma das modalidades pode remunerar até 120% do CDI, com prazos variados. “Temos acessado investidores institucionais por meio de cessões de crédito e securitizações (R$ 3,9 bilhões) e letras financeiras (R$ 2,4 bilhões)”, acrescenta o vice-presidente.
Através do WhatsApp e de apps do banco, o cliente tem acesso a produtos e serviços, como empréstimos pessoais, seguros, como o de vida e o Bmg Med (medicamentos e tele consultas), entre outros, cujo preço é acessível às classes de menor poder aquisitivo, a partir de R$ 21,90 mensais, conforme o plano.
RESULTADOS DO 2O TRIMESTRE/2024 (2T24)
– Bmg atinge R$ 105 milhões de Lucro Líquido Recorrente, crescimento de 11,6 % no trimestre e um retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) de 10,8%, colocando o Banco em um novo patamar
– A Carteira de Crédito Total do Bmg atingiu a marca de R$ 24.276 milhões, representando uma redução de 2,4% no trimestre, permanecendo com foco nos produtos consignados e FGTS, que representam 71% do saldo total da carteira atual do Banco.
– A margem financeira após o custo do crédito atingiu R$ 746 milhões, crescimento de 4,5% no trimestre. – O Índice de Basileia aumentou 0,7 p.p., chegando a 13,9%, sendo 10,3% de Capital Nível 1. “Nosso foco se manteve na geração de resultados sustentáveis e recorrentes. A margem financeira após o custo do crédito do Bmg atingiu R$1.460 milhões no primeiro semestre de 2024, com crescimento de 20,7% em relação ao mesmo semestre em 2023”, frisa Flávio Guimarães Neto. – A originação de crédito dos produtos consignados e varejo PF do Bmg cresceu 21,5%, comparando o primeiro semestre de 2023 ao primeiro semestre de 2024, totalizando um valor liberado de R$ 4,5 bilhões no semestre.
– Analisando o 10 semestre de 2023 e o primeiro semestre de 2024, com a repriorização de negócios e gestão eficiente de custos, o Banco reduziu 5,8% as despesas de pessoal, administrativas e operacionais, refletindo em um Índice de Eficiência de 54,0%, com melhora de 6,6 p.p. nestes primeiros seis meses de 2024. “Como consequência, revertemos nosso Resultado Operacional e agora chegamos à marca de R$ 271 milhões no primeiro semestre de 2024”, celebra Flávio.