GCO e Marco Antônio Lage: desenvolver
com economia diversificada
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Gastronomia, turismo, comércio e inovação são pilares da economia
A região Central, BH e RMBH, cases de negócios, de sucesso com histórias de empresas longevas e empresários dedicados e criativos encerraram o Fórum de Minas. O prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, abriu os debates. “Itabira hoje vive 80% da mineração e um dos desafios da nossa economia é diversificar porque, como disse uma vez o presidente Arthur Bernardes, ‘o minério não dá duas safras’”, disse. Embora a cidade esteja ente os 15 maiores Produto Interno Bruto (PIBs) do Estado, Lage afirma que havia setores sucateados. “Fizemos um recorte no eixo humano e viramos esse cenário, principalmente com o resgate do conceito de cidade turística e cultural que foram abandonados”, garantiu. Segundo ele, a preocupação é construir uma infraestrutura para Itabira, para os próximos 30 anos, sem a mineração, mas com desenvolvimento em função de uma economia diversificada.
No segmento bares e restaurantes, o Fórum de Minas recebeu empresários de tradição. Karla Rocha do restaurante Bolão, em Santa Teresa, conta que tudo começou com seus avós, que serviam macarrão na madrugada em BH numa portinha. “Nosso tempero é alho, sal, muito amor e nosso bom atendimento é de A à Z, sem distinção”, entrega. Ela conta que hoje são cinco unidades, sendo duas em Santa Tereza, uma no Mineirão, no Coração Eucarístico e no Alberto Cintra.
Ricardo Rodrigues, proprietário do Maria das Tranças, no São Francisco, famoso pelo frango ao molho pardo, tem duas filhas trabalhando no restaurante. Ele acompanha, mas hoje também se dedica ao trabalho voluntário como consultor técnico no Sebrae-MG. “O sucesso não tem receita de bolo e sim muito trabalho e entrega. A gente não faz um Maria das Tranças para hoje, mas sim para o futuro”, destaca Rodrigues. Para ele, a gastronomia em BH é um dos pilares do sucesso do turismo.
Já o economista, mestre em sociologia e proprietário do Café com Letras, fundado em 1996 na região da Savassi, Bruno Braz, também atua com êxito no segmento, há 30 anos. Segundo ele, o Café com Letras nasceu de seu amor pelos livros e com a parceria de amigos. Ele queria oferecer aos clientes um ambiente onde pudessem ficar mergulhados entre livros diversos. “Só depois veio o serviço de ofertar comidas e bebidas. Com o tempo nasceram outras iniciativas de sucesso voltadas para a cultura que hoje são referência em BH, como o Festival de Jazz, o Savassi Festival Records e o Instituto Cidades Criativas.
Para Manoel Bernardes, diretor da joalheria de mesmo nome, o desafio hoje, à frente da gestão da empresa, que também é familiar, é se tornar um atrativo no mundo. “Precisamos nos reinventar e essa tarefa não é fácil”, disse. De acordo com ele a empresa trabalha nas redes sociais seu viés conquistado através dos anos de empresa que sabe fazer suas peças com rigorosa qualidade, design diferenciado, conceito de brasilidade, de produtores e grandes exportadores de gemas e da parceria que tem como representante exclusivo de grandes marcas internacionais em território nacional como a Rolex, a Bvlgary, Omega, Cartier, Breitling e TagHeuer.
Inovação e tecnologia para levar soluções inteligentes aos problemas no agronegócio mineiro é o trabalho do empresário e CEO da startup Nova Agro Adventures, Leonardo Dias. Sua empresa foi criada em 2020 e ele conta que é uma das organizações responsáveis pela verticalização do agronegócio no Estado. Para ele, é fascinante entender o potencial do agronegócio e tecnologia aliada à sustentabilidade são os braços do crescimento e desenvolvimento do setor. “Nosso papel é fazer uma conexão entre o movimento da inovação com o agro para aumentar a produtividade com qualidade”, garante Leo.
Nessa edição, o Fórum de Minas recebeu também o produtor de hidropônicos e gestor da Nosso Agro, em Mário Campos (MG), Dimas Bessa de Souza e o gerente de Qualidade da Itambé e gerente de Qualidade e Integração da Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR), Cássio Camargos.