Cultura

No mapa do carnaval

VB ED276 FEVEREIRO 24 no mapa do carnaval

       Foto:Israel Campos

 

          O que era um sonho para o belo-horizontino – pelo menos parte deles – acabou sendo uma realidade no Brasil que, a cada ano se consolida mais. Estamos falando do Carnaval de Belo Horizonte que há alguns anos não existia e que era até motivo de deboche. “Quer fugir do Carnaval, vá para Belo Horizonte”, ironizavam nossa festa que não entusiasmava, apesar dos esforços dos que, por muitos anos, estimulavam, e até a financiavam, os valentes dirigentes carnavalescos das “escolas de samba”, bem poucas limitadas e dos “blocos caricatos” uma exclusividade de nosso Carnaval, que desfilavam sobre caminhões com seus membros de caras pintadas e tocando taróis, tambores, bumbos e outros instrumentos de percussão. Outros instrumentos eram proibidos.

        Nosso Carnaval foi assim, com bloquinhos de bairros periféricos e que arrastavam poucas pessoas. A nossa arrancada carnavalesca deve-se ao saudoso visionário George Norman, como secretário de Turismo e primeiro presidente da Belotur, e ao elétrico prefeito Maurício Campos. Juntos, apesar de todas as dificuldades, entusiasmaram o espírito do belo-horizontino que mudou sua visão da festa. Já se foram quatro décadas da virada.

 

  Alguns prefeitos ajudaram, outros atrapalharam, mas prevaleceu a garra dos que abraçaram o carnaval da cidade

 

          Alguns prefeitos ajudaram, outros atrapalharam, mas prevaleceu a garra dos que abraçaram o Carnaval da cidade e o levaram adiante. Garra, por exemplo, da turma da “Banda Mole” que escandalizou a cidade, mas que se tornou uma referência de nosso Carnaval. Belo Horizonte está hoje no mapa do Carnaval. De forma reluzente, atraindo milhões- milhões sim- de brasileiros e estrangeiros para uma festa que tem marca própria. A participação popular. O povo canta e brinca, gastando pouco.

Compartilhe