Double Tree By Hilton Serra da Canastra : previsão de inauguração em 2028
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A arquitetura dos 46 bangalôs até as experiências oferecidas… tudo ali tem propósito
As obras nas áreas comuns fazem parte do acervo do próprio Inhotim, enquanto as acomodações apresentam curadoria da Carbono Galeria, de São Paulo, com peças dispostas de forma a provocar uma fruição natural. Não há barreiras físicas entre o hotel e o museu, e essa integração se estende também à paisagem, respeitada e valorizada em cada linha do projeto.
“Nosso público-alvo inclui casais, famílias e viajantes interessados em experiências significativas, e a expectativa é que o hotel atinja, nos próximos anos, uma taxa de ocupação em torno de 75%”, diz Taiza. Desde a fase de construção, o Clara Arte tem exercido impacto positivo na economia local, priorizando fornecedores, prestadores de serviço e talentos mineiros — do escritório de arquitetura aos marceneiros e paisagistas envolvidos.
O hotel também fomenta o turismo cultural e amplia o tempo de permanência dos visitantes no município, até então carente de opções de hospedagem de luxo. A empresária observa que Minas Gerais é um mercado estratégico para o Clara Resorts e revela a expansão da propriedade, com a construção de 30 novas acomodações até agosto de 2026. “Também temos previstos um spa cinematográfico no meio da floresta e a ampliação do centro de eventos.

Para 2029, a expectativa é inaugurar um resort completo com 150 acomodações, em uma área a 700 metros do Inhotim”, projeta ela.
Famosa internacionalmente por seus queijos e referência em biodiversidade, a serra da Canastra também está prestes a receber novos empreendimentos hoteleiros. Um deles é o DoubleTree by Hilton Serra da Canastra, que demarca os novos passos da rede norte-americana Hilton em Minas – atualmente limitada ao Hilton Garden Inn Belo Horizonte.
Com a previsão de acomodar 201 quartos, o hotel estará localizado em São João Batista do Glória, na divisa com Capitólio, e deve ser inaugurado no segundo semestre de 2028. “A propriedade combinará a natureza do entorno com áreas internas e externas projetadas para o lazer e o relaxamento e uma variedade de experiências para o viajante a lazer ou negócios, como lobby bar, restaurante no rooftop gourmet e bar com vista para o lago de Furnas, além de uma adega com degustação de vinhos mineiros e internacionais”, adianta Leonardo Lido, diretor sênior de desenvolvimento da Hilton no Brasil.

Com investimento previsto de R$ 200 milhões, o hotel funcionará sob o modelo de franquia, como é padrão da rede Hilton. O em prendimento também promete movimentar a economia local. A expectativa é a de criação de cerca de 200 empregos diretos e indiretos durante a construção, que deve ser iniciada em janeiro de 2026. Já a operação deve estimular serviços e fornecedores regionais. “É parte do nosso DNA se relacionar com a comunidade local, absorvendo a cultura e promovendo o turismo responsável em nível global.
Cada um dos 700 hotéis da marca DoubleTree no mundo valo riza esses elementos na decoração, na culinária e na hospitalidade como um todo”, diz Lido. A localização estratégica também mira o turis mo corporativo emergente: a microrregião vem recebendo indústrias de porte, como a nova fá brica da Heineken em Passos, o que pressupõe a impulsão de demandas por eventos. Embora não haja nenhum plano concreto de novos investimentos em Minas, o executivo avalia que o estado tem espaço para receber outras marcas da Hilton, desde hotéis lifestyle e de alto padrão até unidades de serviços mais enxutos, como as bandeiras Hampton by Hilton e Truby Hilton.
“Além de ampliar a visibilidade da serra da Canastra dentro e fora do Brasil, este empreendimento representa um avanço importante da Hilton na estratégia de quase dobrar em quatro anos o número de hotéis no país, que atualmente contabiliza 25 propriedades”, afirma. Em alta como nunca, a serra da Canastra também vai receber o Canastra EkoResort, às margens do rio Grande, em Cássia, cidade distante apenas 60 km de São João Batista do Glória. O empreendimento de 300 mil m², estimado em R$ 1,2 bilhão integrará um hotel com 232 apartamentos em sistema de multipropriedade, além de um complexo de apartamentos residenciais de alto padrão, praia artificial, beachclub, marina, parque aquático, centro ecumênico, spa, heliponto e centro de convenções.
“A decisão pela serra da Canastra veio de uma soma de fatores: o Santuário de Santa Rita, o maior do mundo, que atrai o turismo religioso; a represa de águas cristalinas, ideal para navegação; e, claro, a serra em si, uma joia natural ainda inexplorada. Tudo isso em um município com boa estrutura urbana, de fácil acesso e que está apenas começando a se posicionar no turismo e no setor imobiliário”, afirma Eduardo Almeida, proprietário e co fundador da Alma Group, incorporadora do projeto.
Lançado em maio, o projeto hoteleiro-residencial, nas palavras do executivo, é uma “minicidade sustentável”, pensada para coexistir em harmonia com o meio ambiente. “Nossa proposta é uma estrutura carbono zero, que gera sua própria energia, aquece sua água de forma sustentável e adota sistemas de pavimentação permeável. Todo o esgoto será tratado e devolvido de forma limpa à natureza. Vamos plantar ainda mais do que já existe ali. O paisagismo e o cuidado ambiental são prioridades absolutas”, detalha.

A Alma Urban, empresa do grupo, é a responsável pelo desenvolvimento, incorporação e construção do resort, enquanto a operação hoteleira e a comercialização das unidades serão conduzidas pelo Grupo Guarani. Além dos aspectos ambientais e de infraestrutura, o empreendimento aposta em conexões sociais e culturais com o território. A estimativa é de que a construção e operação do complexo gerem centenas de empregos, além de impulsionar o comércio e a valorização imobiliária de Cássia e das cidades vizinhas.
Há ganhos também para a infraestrutura, a exemplo da obra de asfaltamento de 13 km entre o centro da cidade e o futuro resort, já em andamento, assim como as articulações para viabilizar a pista de pouso no heliponto que integrará o empreendimento. “Queremos que os turistas conheçam a fundo a Canastra e o entorno, percorram roteiros pelas cidades próximas, descubram a produção local e valorizem a cultura regional. Ao vivenciar essa experiência, o visitante leva memórias autênticas e deixa investimentos na economia local. Essa troca é o que dá sentido ao projeto”, conclui o diretor.