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Pelo que tudo indica, as gerações mais novas andam duvidando que amar valha a pena. Mais da metade dos jovens norte-americanos declara nunca ter namorado, de acordo com reportagem recentemente publicada na revista The Atlantic. Eles flertam, dançam, beijam, têm até vida sexual ativa. No entanto, mais de 70% afirmam nunca ter tido um envolvimento amoroso.
Não são só os jovens que andam se esquivando ou tendo dificuldade para se engajar em relações afetivas: há muitos adultos evitando se envolver romanticamente, preferindo manter relacionamentos casuais, descompromissados e quase nunca duradouros.
O primeiro namoro costumava ser um marco importante na história pessoal – para muitos, um rito de passagem para a idade adulta. Mas na atualidade não muitos se interessam pela sensação de independência gerada pela experiência, adiando para mais tarde aquilo que costumava ser o sonho de muita gente: apaixonar-se, casar, constituir a própria família…
A paixão é descrita em termos semelhantes nas mais diversas culturas: sensações poderosas de profundo enlevo, irresistíveis, extraordinárias. Mas nada parece abalar o ceticismo vigente, mesmo quando se relativiza a experiência amorosa, que nem sempre é perfeita. Não importa o que se diga, o amor romântico continua sendo alvo de profunda desconfiança.
DUAS CABEÇAS PODEM PENSAR MELHOR DO QUE APENAS UMA E O DIÁLOGO AJUDA NO AMADURECIMENTO
Levanta-se a hipótese de que as atuais mudanças atordoantes em várias esferas da vida social, política e econômica tenham provocado temores em relação ao futuro e, por insegurança, os jovens estariam se esquivando de compromissos. É na adolescência que meninos e meninas começam a ensaiar sua aproximação sexual. Têm início as primeiras explorações sexuais a dois. O romantismo pode ou não fazer parte dessas vivências. Exceções à parte, as primeiras experiências podem servir para dissolver a insegurança das primeiras aproximações.
As interações românticas vêm com muitos bônus: maior autonomia em relação aos pais e um incipiente senso de identidade própria, que ainda continuará em processo de construção por muitos anos. Qual adolescente não precisou de alguém que o admirasse e valorizasse? Além do mais, duas cabeças podem pensar melhor do que apenas uma e o diálogo e a troca de ideias entre namorados ajuda no amadurecimento mútuo.