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Editora-chefe da Band Minas e professora na Fumec, Elisangela Colodeti fala sobre carreira, mercado e sua experiência como apresentadora do Conexão Empresarial
Em 2017, boa parte dos mineiros foi surpreendida com a notícia de que a jornalista Elisangela Colodeti estava se desligando da Rede Globo, maior emissora do país e sonho de consumo entre a maioria dos profissionais do ramo. Após 12 anos de emissora, oito deles comandando o programa Bom Dia Minas, a jornalista decidiu se demitir em busca de mais qualidade de vida e novos rumos para a carreira. “Meus estudos de mestrado sobre a prática jornalística alternativa, o desejo de conhecimento sobre o jornalismo investigativo e os desafios da maternidade pesaram sobre essa escolha. Aprendi muito sobre a prática telejornalística, passando pela produção, apresentação, reportagem e edição. Durante um período de experiência no Rio de Janeiro, também pude acompanhar de perto o trabalho de grandes jornalistas”, conta.
O que parecia um “fim”, entretanto, foi a oportunidade para novos caminhos. Quatro anos depois, Elisangela voltaria às telas, desta vez na Band Minas, onde é editora-chefe e apresentadora do Jornal Band Minas desde agosto de 2021. “Minha experiência na emissora tem sido surpreendente. Tenho liberdade na tomada de decisões jornalísticas, junto da equipe de profissionais, de uma forma muito acolhedora e afetuosa. Além disso, o grupo me permite integrar essa experiência à prática da docência”, reflete.
Elisangela refere-se ao cargo de professora de telejornalismo e coordenadora do laboratório de TV da Fumec, onde trabalha desde 2007. “A escolha pela vida acadêmica foi planejada. Meu desejo sempre foi o de aliar conhecimento teórico e prático na formação de novos profissionais”, declara.
Como se não bastassem todas essas atividades, Elisangela também emprega sua verve de comunicadora como cerimonialista e apresentadora de grandes eventos. Em abril, ela esteve à frente do Conexão Empresarial, evento promovido pela VB Comunicação e que contou com a participação do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman. “A experiência tem sido enriquecedora. Tenho conhecido pessoas diversas, num ambiente sempre agradável e alegre. Conhecer o Paulo César e sua esposa, assim como toda a equipe, tem me trazido momentos de muita satisfação. Espero desenvolver um trabalho de excelência”, afirma.
Para ela, esse tipo de função enriquece ainda mais sua carreira de maneira agradável. “Essa função completa minhas atividades de uma forma leve. Estar em organizações, conduzindo eventos que demandam equilíbrio, bom humor, empatia, leveza e seriedade, representa um desafio gostoso de assumir”, aponta.
Com quase 16 mil seguidores no Instagram, Elisangela ainda encontra tempo para compartilhar momentos de sua vida pessoal, highlights da carreira e reflexões sobre a profissão. “Eu adoro a interação com o público, mostrar o cotidiano, o cansaço e as alegrias da vida pessoal e da profissional. Faço de modo intuitivo, sem muita orientação. Faço como sinto, no momento”, garante.
Para ela, os avanços tecnológicos e sociais têm transformado o fazer jornalístico e a adaptação das redações e dos profissionais a essas mudanças tem sido um grande desafio. “Atravessar esse período reafirmando a importância do jornalismo e a credibilidade dos veículos, gerando interesse e criando novas narrativas intermidiáticas são ações que fazem parte das construções contemporâneas. O jornalismo tem enfrentado dificuldades, mas tem se transformado, positivamente. Iniciativas como a da Agência Pública, focada em jornalismo investigativo, ou da Sumaúma, são grandes exemplos”, reflete.