Política

SEMPRE HÁ UM “NO ENTANTO”

VB ED282 AGOSTO 2 foco total nas eleicoes

Reprodução / INTERNET

 

Na comunidade política há a percepção de que as eleições estão logo ali. Visão que é difundida pelos órgãos da impressa e pelas redes sociais. Políticos só pensam e agem com vistas às eleições. Tudo se traduz em vencer as eleições no próximo ano?

No entanto, essa ansiedade não faz parte das preocupações da grande maioria da população, que está focada no seu dia a dia. Poucas são as pessoas que discutem a próxima eleição nas mesas de bares, nas rodas de amigos, nas filas de INSS (já não há mais tantas filas de bancos), nos ônibus e nas praças. O ex-governador de Minas Hélio Garcia, com sua sabedoria e seu senso de humor, dizia que os eleitores só se atentam para as eleições, depois da parada, referindo-se ao 7 de setembro. Por essa razão, as pesquisas eleitorais indicam grande proporção de indecisos, que somente farão suas escolhas lá na frente.

Em um país com 27 unidades da federação, onde haverá eleições gerais para cargos majoritários e parlamentares e o sistema político é multipartidário, por si só, já é uma tarefa complexa. Imagine, então, formar bases partidárias para tantos possíveis candidatos a presidente, que se apresentarão no primeiro turno. Por trás dessas alianças, jogam-se forças antagônicas no plano federal, que, no entanto, se aliam diferentemente no plano regional e leiloam tempo partidário gratuito na TV e no rádio. É também o tempo dos radicais que infernizam o país com acusações, fake news e disseminação de ódio e que, no entanto, pouco são ouvidas, fora de suas bolhas.

 

TUDO SE TRADUZ EM VENCER AS ELEIÇÕES NO PRÓXIMO ANO?

 

As eleições passadas nos deixaram algumas lições. Já no primeiro turno, há polarização entre dois candidatos populistas, representando extremos no espectro ideológico; no entanto, no segundo, a maioria dos eleitores opta por votar contra o candidato que mais rejeita. A rejeição sempre vence, no entanto, depois da parada, veremos se os eleitores mudarão e estarão dispostos a romper com essas tendências, oferecendo novas opções que, efetivamente, venham a dar um futuro mais promissor para o país. Visto de hoje tudo parece seguir a história recente, mas não desanime, há sempre um “no entanto”.

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