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Tem picolé no cardápio do Zoo de Belo Horizonte

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Alimentação dos animais foi readequada para enfrentar o calorão.

O calorão das últimas semanas e que deve voltar nesta sexta-feira (24/11), segundo a meteorologia, exige que o cardápio dos animais do Zoológico de Belo Horizonte seja adequado para manter o bem-estar de cada um deles. Em todas as estações do ano a equipe técnica da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica se dedica a elaborar ações e estratégias específicas para cada período.

Na atual temporada de calor, os técnicos da Área de Bem-Estar Animal prepararam itens de enriquecimento ambiental que costumam agradar o paladar de várias espécies e ainda proporcionam um refresco nos dias de temperaturas elevadas.

Animais como elefante, gorilas, micos, saguís, macaco-prego e bugio recebem picolés feitos com suco, gelatina e pedaços de frutas, além de água de coco-verde; o leão e a onça-parda, têm no cardápio blocos de gelo com pedaços de carne e sangue; enquanto as araras da Praça das Aves ganham frutas congeladas.

A família de gorilas também recebe os picolés de frutas, além de alimentos refrescantes, como legumes, coco-verde inteiro e sucos feitos a partir de hortifrutis.

O cardápio é criteriosamente calculado pela equipe de nutrição para que os moradores do Zoo recebam nutrientes necessários, usando formas diferentes e mais atrativas de ofertá-los. Vale ressaltar que esses itens, como os picolés e os líquidos, além de ajudar a garantir conforto térmico e hidratação, ajudam a estimular os animais a desempenharem comportamentos naturais, uma vez que são ofertados nos recintos de formas específicas para este fim.

Essa estratégia faz parte da programação de rotina da Área de Bem-Estar da instituição e envolve profissionais da nutrição e de manejo das espécies.

Recintos

Os recintos do Zoo de BH também são planejados e ambientados de forma que os animais tenham opções de sombra para se abrigarem, barreiras visuais que funcionem tanto para conforto térmico quanto para o acústico, além de terem áreas específicas para o fornecimento de água limpa durante todo o dia, o que auxilia na hidratação.

Além disso, são utilizados sprays de água para umedecer alguns recintos, quando necessário. Os espaços também possuem bebedouros com água fresca e alguns contam com lagos ou lagoas artificiais.

Nesta época do ano, a atenção é redobrada nestes espaços para que estejam sempre em excelentes condições diante do aumento da frequência do uso pelos animais durante o calor. O foco é garantir que os moradores tenham opção de escolha dentro dos recintos em que vivem.

Todas essas ações têm como objetivo aumentar as condições de conforto e bem-estar dos animais e, ainda, permitir que as espécies possam explorar seus recintos de uma maneira mais natural e espontânea mesmo no calor, além de estimular o desempenho de comportamentos de interação entre indivíduos de um mesmo grupo.

Constantemente, a equipe técnica avalia a necessidade de outras iniciativas que são executadas de acordo com as demandas e especificidades de cada espécie.

Curiosidades de algumas espécies

Alguns animais irão se mostrar mais ativos em alguns comportamentos nessa época do ano. Não é incomum avistar os elefantes do Zoo de BH abanando as grandes orelhas várias vezes. Isso acontece como mecanismo natural de defesa da espécie contra o calor: as orelhas desses animais são bastante vascularizadas e abaná-las é uma estratégia eficiente de refrescar o sangue do corpo e melhorar a sensação térmica.

No recinto dos gorilas, apesar de a espécie não ser muito adepta do banho e até costuma fugir da chuva, neste calor não é incomum perceber a família, ou ao menos os 4 filhotes, brincando no lago sob os bambus.

Já no recinto dos hipopótamos, é fácil encontrá-los sob a água. O curioso no caso desta espécie é que os hipopótamos são capazes de produzir seu próprio “protetor solar” e, ainda, seu próprio “antisséptico”, composto da substância avermelhada excretada pela sua própria pele, que serve como proteção contra o sol, o calor e contra bactérias e insetos.

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