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Marina Filizzola assume direção do Restaurante do Porto da Cidade Nova até que os herdeiros de Leo Duarte possam comandar a casa
Quem mantém a tradição da boa mesa, faz história. E é essa a premissa que impulsiona a empresária Marina Filizzola, agora à frente do Restaurante do Porto, unidade Cidade Nova. Ela tem a missão de dirigir com maestria o empreendimento, que há mais de duas décadas foi administrado por Leonardo Almeida Duarte, o Leo, assim chamado carinhosamente pelos clientes e funcionários da casa. “Tenho uma responsabilidade enorme de levar adiante o legado do Leo. Felizmente, a casa tem uma equipe de colaboradores de primeira linha, aos quais sempre recorro para manter tudo como fazia o Leo”, relata a nova administradora.
Leo Duarte tinha 43 anos. Ele morreu em um acidente de moto em 14 de dezembro passado, na Rodovia Fernão Dias, no Sul de Minas. Marina Filizzola e Leo foram casados por 13 anos. Estavam separados, mas eram muito amigos. Tanto que estavam com passagens compradas para a Disney, levando os dois filhos mais novos do casal, Gustavo, de 12 anos e Bernardo, de 10, e a enteada de Marina, Sarah, de 15 anos, filha de outro relacionamento de Leo.
Marina abraçou a ideia de seguir com o legado de Leo pensando no futuro de Sarah, Gustavo e Bernardo, os três herdeiros do estabelecimento fundado pelo pai de Leo, José Costa Duarte, o Saldanha. A casa vai completar 55 anos em novembro próximo. Tradicional no bacalhau, que faz dela uma casa portuguesa, com certeza, Marina pretende seguir a receita de sucesso da família, sobretudo, mantendo eventos que o Leo introduziu no endereço, como a Sardinhada, que acontece no primeiro sábado da segunda quinzena a cada quatro meses, com a sardinha na brasa servida com batatas ao murro. Os amantes do vinho, podem ficar tranquilos. A Marina garante o open wine mensal. Também o piano segue animando o happy hour e as noites.
Mantendo a tradição é que Marina pretende passar o bastão para os três filhos de Leo Duarte. “Eu cheguei ao restaurante contando com os colaboradores da casa. Estou aprendendo muito com eles. Estamos juntos para fazer com que tudo siga dando certo. Aqui, somos uma equipe. Minha função é entregar o restaurante aos três herdeiros tão logo atinjam idade para assumir. Aí, serão eles a seguir em frente. Aí, entrego as chaves e penso logo em ir para a praia”, entusiasma.
enorme de levar adiante o legado de Leo
Marina conta que está cercada por pessoas competentes, o que a deixa mais encorajada a seguir em frente. Mas, vale dizer, ela também tem um bom currículo que a ajuda nos conhecimentos de administração. Formada em Turismo e Hotelaria, possui pós-graduação em Finanças e Gestão de Empresas e administra investimentos próprios no Pará.
“Fico feliz que os funcionários me acolheram. O Leo montou uma equipe sensacional. São meus professores. Não abro mão desse time”, demonstra gratidão. “Na verdade, enquanto estivemos casados, combinamos que eu me dedicaria exclusivamente às crianças enquanto ele administraria o restaurante. Mas, agora, preciso ser 100% mãe, 100% pai e 100% empresária”
A amizade com Leo seguiu após a separação. “Ele tinha as chaves do meu apartamento e era sempre um pai presente, um amigo, um conselheiro. No ambiente do trabalho, admirado pelos funcionários. Uma pessoa com forte carisma. Amigo dos meus familiares, mesmo depois da separação. Costumava viajar de moto com meu tio. Foi lindo ver a turma do futebol na escola dos meus filhos homenagearem ele. Em todos os jogos fazem minuto de silêncio. Professores, colegas, todos o adoravam. O carinho que os filhos estão recebendo vem através do amor do pai”, emociona Marina.
E para não ficar na tristeza e brindar a vida que o Leo teve, está aí o seu legado, a família, os filhos, os amigos, os colaboradores, o vinho, o azeite, a batata e, claro, o bacalhau. Um brinde ao Leo!
