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Chef português Cristóvão Laruça prepara abertura de nova casa, explorando diferentes proteínas
Longe de se contentar com a fama já consolidada em quase 20 anos de presença em terras brasileiras, com ênfase particular no cenário gastronômico, o chef português (nascido na Costa de Caparica, situada a 15 km de Lisboa) Cristóvão Laruça vem, nos últimos meses, se debruçando sobre um projeto pra lá de especial, e que só confirma a versatilidade com a qual transita por diferentes vertentes do fazer culinário: o Pastus. Com abertura prevista para a segunda quinzena de março, o empreendimento, localizado no BH Outlet, no Belvedere, entra em cena com a proposta de se configurar como uma parrilla moderna, contemporânea, mas, ao mesmo tempo, alicerçada na tradição.
Para saber mais sobre a casa, a Viver Brasil foi conversar como o renomado chef – que firmou seu talento à frente de empreendimentos de sucesso, como o Caravela e a Fazenda Cervejeira, bem como o Turi, cujas atividades já foram encerradas, e que em breve também deve reabrir o Capitão Leitão, em Lourdes. Laruça pontua que o Pastus vai valorizar a brasa como técnica principal, explorando não apenas cortes angus certificados, mas também outras proteínas, como a carne de cordeiro, a suína e, como nem poderia ser diferente, para honrar suas origens, o bacalhau (na brasa, preferencialmente).
“No centro da cozinha, vamos ter uma parrilla tradicional e uma parrilla uruguaia, além de um varal de vegetais e frutas, que será um grande atrativo”, adianta um entusiasmado Cristóvão Laruça. Um detalhe importante: os vegetais e frutas serão incorporados não apenas como acompanhamentos, mas também como base para preparos especiais, incluindo sobremesas, ampliando a experiência gastronômica do cliente.
O centro da cozinha do Pastus, vale acrescentar, terá, além das parrillas, um fogo de chão, reforçando a autenticidade da proposta. Não bastasse, a cozinha será toda aberta. “O que vai permitir a interação com o cliente, um pouco como acontecia no Turi, no intuito de tentar, de certa formar, democratizar (o fazer culinário)”.
A partir do objetivo de operar com carnes bovinas de comprovada qualidade, Laruça conta que a primazia é trabalhar com produtores locais e regionais. “O Moink, por exemplo, será um dos nossos grandes parceiros”, afiança. Numa análise mais ampla, Cristóvão pondera que a capital mineira abriga, hoje, grandes restaurantes de parrilla.
“Alguns super tradicionais, outros que vêm de fora do estado (referindo-se a cadeias). E a gente entra trazendo um pouco daquilo que já acontecia com o Turi, que é trazer uma parrilla moderna, mas obviamente respeitando a tradição. Trazendo os cortes tradicionais, que o público já conhece, mas também outros, diferenciados”.
Quanto ao perfil de público, o chef destaca que, no Pastus, o foco recai principalmente nas famí lias: “Queremos criar um ambiente acolhedor, especialmente para as famílias que têm crianças. A localização, com uma vista privilegiada de Belo Horizonte e um pôr do sol incrível, vai ser um diferencial para que as pessoas se sintam à vontade e aproveitem bem a experiência”, explica. Além disso, o restaurante contará com uma área corporativa, projetada para receber eventos e reuniões de negócios. Grupos de amigos são outro público que a nova casa pretende atrair.