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Pausa para reflexão

Conexão Empresarial Araxá

Autor – Sueli Cotta
Repórter

Lideranças debatem cenário atual, perspectivas para o país
e experiências que estão mudando a cara de Minas

Conexão Empresarial Araxá

O Conexão Empresarial Anual Araxá23 reuniu neste ano de várias autoridades, políticos, empresários e representantes da sociedade, que durante quatro dias participaram de painéis e debates sobre o Brasil e Minas Gerais. Promovido pela VB Comunicação, o evento coordenado por Paulo e Gustavo Cesar Oliveira teve como um dos temas principais, a discussão da reforma tributária, que tramita no Congresso Nacional. Mas o evento também foi um espaço de homenagens, como a prestada pelo vice-governador Mateus Simões ao ex-ministro Alysson Paulinelli. Considerado o responsável pelo avanço do agronegócio no Brasil, Alysson Paulinelli, segundo Simões, tinha uma preocupação de garantir que o mundo conseguiria produzir alimentos suficientes para alimentar as pessoas que estão na face da terra e afirmou que “a agricultura brasileira é o que é hoje graças a Alysson Paulinelli”.  Mateus Simões também falou que “nós queremos nos transformar no principal estado da agricultura brasileira” e  ressaltou que é preciso se fazer uma reflexão da importância que a agricultura tem para a economia brasileira.

O Conexão Empresarial Anual Araxá 23 teve como patrocinadores master da CNT/SEST SENAT/ITL, da Codemge, IEL (Instituto Euvaldo Lodi, BANCO MERCANTIL, NEOOH, OOH Brasil, jornal O Tempo e Urbana e o patrocínio da Andrade Gutierrez, AngloGold Ashanti, Drogaria Araujo, BDMG, Grupo BMG, CEDRO, Cemig, Clube de Permuta, DFA, Faemg/Senar, Gasmig, Gerdau, Itaminas, JAM, Mater Dei, Prefeitura de Nova Lima, Oncoclínicas, OSAKA, Porcão, Três Corações, Unimed-BH, e apoio do Forno de Minas, Supermercados BH, Multiplan, São Vicente – queijos finos, Sindpas, SINTRAM e Supernosso e participação especial da Bodytech , Azul – a companhia aérea oficial do evento,  e da Solutions – a corretora de seguros oficial do evento.

Mineração e sustentabilidade

O diretor de Comunicação e Relações Institucionais da Gerdau Minas, Pedro Torres, falou no painel “Brasil e Minas Gerais, o que esperar desse futuro?” que a empresa teve faturamento de R$ 84 bilhões no ano passado e o segundo maior Ebitda ajustado de R$ 21,5 bilhões. O compromisso da Gerdau, segundo ele, é evoluir buscando soluções para o mundo e participar de projetos de energia renovável e outros modelos de negócios. Há cinco anos começou a reflexão para sobreviver por mais 150 anos, se transformando e por isso a decisão de ser uma empresa diversa. A Gerdau opera em seis países e cresce cada vez mais.

Excessos em um país que quer ser livre

O presidente da OAB, Sérgio Leonardo e o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados da OAB, Gustavo Chalfun, participaram do painel “Direitos e Deveres de um Brasil Livre”. Gustavo Chalfun  ressaltou que o momento é de pacificação da sociedade brasileira, com discursões importantes como a reforma tributária e de questões complicadas como os ataques à imprensa. Ele falou da necessidade da segurança jurídica e da insegurança jurídica causada por algumas decisões na Justiça e criticou o exagerado protagonismo do STF no país e acrescentou que “se de fato quisermos um país mais justo e democrático temos que ter mais credibilidade das instituições”.

Sérgio Leonardo, por sua vez, ressaltou que a advocacia usa da “arma mais poderosa de todas, a palavra”. Além da defesa do estado democrático de direito, direitos humanos, da defesa das liberdades. Para ele, a “importância da nossa entidade de classe é com o compromisso com a sociedade” e da necessidade de se ter segurança jurídica e normalidade institucional, ao direito adquirido, segurança jurídica para o bom ambiente de negócios. O que se vê com frequência, segundo Sérgio Leonardo, é o desrespeito à Constituição e o que ele considera como excessos do Supremo Tribunal Federal, “que nos faz pensar na mudança da escolha dos ministros e do tempo de atuação no STF”. Para ele a Suprema Corte tem que atuar sem interferência indevida nos outros Poderes. Ele cita exemplos como nos inquéritos das fakes News, em que o STF está como vítima e acusador, e situações como esta, no seu entendimento, não podem contar com o aplauso da OAB. Outro aspecto que tem que ser atacado é o de  acabar com a insegurança jurídica e a morosidade, que “leva a impunidade e inviabilização de atividades econômicas”.

A sua maior crítica foi em relação ao que considera como “distorção de conceitos”  que levaram a cassação do mandato de um deputado, no caso de Deltan Dalagnol, eleito pelo estado do Paraná e cassado no Tribunal Superior Eleitoral.  Para Sérgio Leonardo, “não podemos usar o direito para fustigar nosso inimigo. Para cassar um ex-presidente”. O presidente da OAB considera como  “um absurdo ele (Jair Bolsonaro) se tornar inelegível”, e considera que “sequer pode se cogitar em fechar um veículo e comunicação como o que está acontecendo em relação a Jovem Pan”. Ele ressalta que é preciso fortalecer as instituições como a OAB e que a entidade  “é apartidária, livre de amarras ideológicas.

O futuro da mineração

O diretor de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da AngloGold, Othon Maia, participou do painel “Mineração do Ouro-Cenários de Minas e do Brasil”. A empresa, segundo Othon Maia, tem uma preocupação com a procedência do ouro, que ressalta que não se pode permitir o que aconteceu nas comunidades indígenas e na atuação irregular de extração do ouro. Othon Maia falou que nesses 200 anos da AngloGold, a empresa remodelou a visão, olhando para o desenvolvimento sustentável e deixando legados sólidos para as comunidades onde opera. Othon Maria ressaltou que a AngloGold  trabalha de forma articulada e está fechando a mina de Nova Lima, que será remodelada e ressignificada. Segundo ele, essa é a mina mais profunda no século XX e foi o berço de diversas tecnologias e na história de gerações de trabalhadores. No ano passado foi formalizado o fechamento da mina.

Nova Lima

No painel com o tema “Com passado, presente e futuro, Nova Lima é uma das economias mais importantes de Minas Gerais”, o prefeito João Marcelo Dieguez falou da importância da cidade e dos muitos programas que estão sendo implantados na sua administração. Um deles é o Programa Nova Lima integrada, a estrada que vai até Sabará, considerada por ele como uma obra importante, que dará acesso também a região hospitalar em Belo Horizonte. Saúde, educação e segurança também são prioridades na sua administração, que considera essas áreas como pilares da sociedade e que têm tido a atenção da prefeitura. A ideia é a de atrair negócios e melhorar o ambiente para atração de novos investimentos e melhorar os que já estão instalados na cidade. Nova Lima, segundo João Marcelo, é conhecida como “a cidade dos ricos”, mas ela só será mesmo a cidade dos ricos quando não tiver mais pobreza. Para tanto, ele disse que “estamos investindo 1% da arrecadação do município para acabar com a pobreza na cidade”.

 História de sucesso e muitos planos econômicos

Um dos empresários mais sólidos do país, o CEO da PADO, Alfons Gardemann, disse que chegou as 5 horas da manhã de sexta-feira no aeroporto em Guarulhos e seguiu direto para a cidade de Araxá para participar do Conexão Empresarial. O compromisso e a amizade com Paulo Cesar Oliveira o levaram a esquecer o cansaço da longa viagem de lado para contar um pouco da sua história no evento promovido pela VB Comunicação. Alfons Gardemann, se define como uma pessoa que nasceu na Alemanha e que foi montado no Brasil. Em 1997 ele adquiriu a PADO, que na época estava em sérias dificuldades financeiras, em seguida transferiu a empresa de São Paulo e se instalou no estado do Paraná. Hoje a empresa é líder no mercado e investe na implantação de um curso de formação profissional para garantir produtos de maior qualidade.

Alfons Gardemann lembra que nesses muitos anos, viu empresas sucumbiram em cenários complexos e desafiadores. Ser empresário no Brasil é um desafio e exemplifica que para uma empresa emitir notas fiscais são necessários 11 funcionários para entender como funciona o sistema de cada um dos 27 estados onde a empresa atua. Só em Minas Gerais, a PADO está presente em mais de 600 municípios. Ele disse que chegou a pensar em deixar o Paraná para se instalar em Juiz de Fora, mas foi chamado pelo governador do Paraná, que o convenceu a continuar no estado. Mas ele ressalta que o galpão em Juiz de Fora continua lá.

 Papel do Ministério Público na sociedade

O procurador-Geral de Justiça de Minas, Jarbas Soares Jr falou, no Conexão Empresarial Anual Araxá23, que o Ministério Público é o advogado do povo, está presente em quase toda vida da sociedade e é preciso que os empresários também compreendam o seu papel. Para ele “o Ministério Público é um órgão de estabilidade, de segurança jurídica” e avisa que o órgão não quer ser um obstáculo ao empreendedorismo, ele “quer trazer segurança jurídica e buscar o melhor caminho”.  Jarbas Soares Jr falou no Conexão Empresarial que o MP em Minas Gerais tem trabalhado para agilizar os processos, que na instituição duram em média 72 dias. O que incomoda é a divisão da sociedade e   observa que “tudo hoje tem 50% a favor e 50% contra” e “temos que ter responsabilidade para com a sociedade, sabendo que não vamos agradar a todos”. Para Jarbas Soares Jr, “é preciso ter coragem para escolher os melhores caminhos.”

Realizando um sonho

A diretora Comercial e Marketing da Rede Mater Dei, Renata Salvador Grande, contou um pouco da história da rede Mater Dei e da sucessão familiar, no evento em Araxá promovido pela VB Comunicação. O Mater Dei surgiu a partir do sonho dos médicos José Salvador e Norma Salvador Silva, que em 1980 inauguraram o Mater Dei Santo Agostinho. Em 2011 começou o sonho de se tornar uma Rede. A partir daí, avançou para Betim e Contagem. Com a abertura do capital da empresa houve a decisão de se instalar em Belém, no Pará e depois em Goiânia, além de uma unidade em Nova Lima. São mais de 10 mil médicos e mais 10 mil colaboradores e quase 2.500 leitos. A missão é o mesmo desde a sua fundação, o compromisso pela qualidade e pela vida e ser referência nacional em saúde, atraindo talentos e cuidando das pessoas em todas as fases da vida. O que os torna diferentes, segundo Renata é o relacionamento próximo com os seus diversos públicos, em todos os setores da cadeia, investimento em qualidade na assistência e em certificações, e investimento nos vários setores que envolvem o atendimento da rede Mater Dei.

Renata Salvador também abordou o sucesso da administração da Rede Mater Dei com a sucessão familiar, mesmo contrariando alguns especialistas, que entendem que empresas familiares tendem ao fracasso. Essa sempre foi uma preocupação e houve o cuidado na formação e capacitação dos herdeiros que vai para a terceira geração da rede Mater Dei.

 

Preocupado com o país

O governador Romeu Zema mostrou preocupação em relação ao país, que para ele, precisa fazer as reformas estruturais necessárias para a retomada de crescimento. Mas reclama que o setor público no Brasil tem se recusado a avançar.  Para ele, em 1994 houve a maior conquista do país, com o plano que acabou com a inflação. O país passou a ter uma moeda mais ou menos respeitável: “houve um avanço expressivo e agora temos um presidente questionando a autonomia do Branco Central. Com a independência do Banco Central, o presidente, por mais incompetente que seja, não vai afetar a nossa moeda”. Ele reclama dos questionamentos “aos avanços que conseguimos à duras penas”. Zema pondera, no entanto, que o atual governo enfrenta resistência em desfazer esses avanços.

O Brasil perde muitas oportunidades

Os economistas Zeina Latif e Paulo Rabello concordam que o Brasil perde muitas oportunidades para se desenvolver. No painel “Cenário econômico nacional e global e perspectivas para o Brasil”, Zeina Latiff  falou da fama do presidente Lula de ser um presidente que tem muita sorte. Nos seus dois primeiros mandatos, a economia do país cresceu e a sorte foi um dos fatores que o ajudaram, mas pondera que no primeiro mandato de Lula ocorreram medidas muito acertadas. Já o governo Dilma foi um grande conjunto de grandes erros, com efeitos estruturais no país, gerando muitas distorções. Nesse terceiro mandato do petista, Latiff disse que o cenário internacional não é o ideal, mas também não é ruim. Ao contrário, para ela, este, na realidade, é um cenário favorável ao país. As críticas ao banco Central foram ressaltadas pela economista. Ela ressalta que não se trata de um presidente inexperiente. O presidente Lula está em seu terceiro mandato. Para ela, o Brasil tem muitos desafios e com frequência perde oportunidades e por isso tem crescimento abaixo da América Latina, que “já não é grandes coisas”. O Brasil de ambiente de negócio difícil, e  ressalta que o único setor que nos últimos anos tem ganho de produtividade é o agronegócio, com uma média de 5% de crescimento ao ano. Zeina Latiff também ressalta que  não é fácil fazer reformas no Brasil:  “somos um país que temos muito a amadurecer” e somos uma sociedade exigente, que cobra muito.

Voo de galinha

Paulo Rabello repetiu a fala de Zeina Latif, de que o Brasil perdeu muitas oportunidades. Ele lembra que há 5 décadas, o Brasil deixou de ser o país exportador de alimentos para ser um gigante do agronegócio. São raros os segmentos que conseguem avançar mais de 2% de crescimento ao ano. Outros ficam estagnados. O que o preocupa é que temos cada vez mais uma nação conflituada, além disso, “o conhecimento está perdendo lugar para a crendice, ou as fake News. No lugar de compostura temos a corrupção deslavada, deslavada, descondensada”.  Para Paulo Rabello a falta de propósito nacional é um problema e não é por acaso que a maior Frente Nacional no Congresso Nacional é justamente a do agro. Isso porque o setor é organizado. Outra preocupação de Rabelo é o que ele chama de crescimento de “voo de galinha”, ou próximo de zero. Ele lembra que de 2000 a 2010, o crescimento do Brasil foi zero. Já países como a Polônia – que vivia na coluna de ferro-, China e Índia, com populações extremamente pobres, ultrapassaram o Brasil. Paulo Rabello acredita que estamos condenados a não romper com esse processo, porque “temos pouco trabalho ou políticas públicas descaradas voltadas ao não trabalho, o cash back, que é o cheque da compra dos votos” e acrescenta que “em mais da metade dos estados brasileira há mais gente assistida pelo governo federal do que com carteira assinada”. Outra crítica do economista vai para a “pretensa reforma tributária, que é um cavalo de Tróia, que querem votar até semana que vem”.  Essa reforma, segundo ele, não faz sentido. O principal erro da reforma é que para as empresas serem desoneradas, elas precisam pagar mais 100% de tributo para ser compensada. A indústria, segundo ele vai levar um susto quando não for desonerada, porque não há nem haverá espaço para que isso aconteça.

Transformação na gestão

O presidente da Cemig Reynaldo Passanezi, falou, durante a sua participação no Conexão Empresarial, que a Cemig de 2009 a 2018 investiu R$ 34 bilhões fora de Minas, o que gerou uma perda líquida de R$ 12 bilhões. Nesse período a Cemig deixou de investir em Minas, perdeu a metade das usinas e tinha metade da carga. No atual governo, houve uma decisão de mudar a alocação de capital. Segundo Passanezi, “desinvestimos o que tinha fora de Minas e passamos a investir no estado”. Atualmente a empresa está investindo R$ 42 bilhões, o maior investimento feito pela empresa em Minas Gerais. A empresa também arrumou a casa, na busca de maior eficiência econômica. Ele ressaltou que de 2009 a 2018, a Cemig teve R$ 5 bilhões a mais de gastos com custo. Atualmente, a estatal está dentro das despesas regulatórias. Ele disse que a Cemig tinha três prédios, atualmente tem um, vendeu o avião e o hangar no aeroporto da Pampulha e, o principal, melhorou a prestação de serviços. Passanezi disse que esses” são os dois segredos do ponto de vista de gestão”. A Cemig valia em 2018 R$ 10 bilhões, atualmente vale R$ 32 bilhões. As ações subiram mais do que a Bolsa de Valores, gerando resultado e desenvolvimento para Minas. Além disso, o presidente da Cemig ressalta que além de ser uma grande empresa em transmissão, geração, distribuição, a Cemig também tem o primeiro e-commerce brasileiro do mercado de energia limpa.

Atraindo investimentos

 O presidente da Codemge, Tiago Toscano, e o presidente da Invest Minas, João Paulo Braga, participaram do painel com o tema “Governo de Minas trabalha o presente e prepara o Estado para o futuro”.  Para João Paulo, investir é preparar para o futuro. A Invest Minas tem, por sua natureza, preparar o estado para o desenvolvimento. A empresa foi fundada como um braço da Cemig e após passar por uma transformação, os trabalhos seguem avançando e nunca se atraiu tantos investimentos como agora para Minas Gerais.  João Paulo disse que desde 2019 “estamos com investimentos em torno de R$ 300 bilhões. De 1998 a 2022, os números de hoje representam cinco vezes o que foi a média histórica da Invest Minas”. Dentro os atrativos de Minas Gerais, ele listou a Lithium Valley, que foi lançada na Bolsa de Nova York, e da reserva do mineral em Minas são ativos importantes, segundo João Paulo.  Outro destaque é a geração de energia solar. Segundo ele, também disse que Minas Gerais tem meia Itaipú só em geração de energia fotovoltaica.

Tiago Toscano, lembra que a Codemge foi criada a partir da Codemig. No ano passado a receita foi de R$ 1,4 bilhão. O principal projeto de privatização da empresa, que é o nióbio, passou por um processo difícil internamente, porque era preciso fazer o projeto para a venda, o que significava que eles estavam trabalhando para colocar o fim aos próprios empregos.  A Codemge foi dividida em quatro grandes grupos. Antes fazia os investimentos para trazer infraestrutura. O primeiro passo foi descobrir o que era da responsabilidade da empresa. Descobriu-se que além do Grande Hotel de Araxá, a Codemge é dona do parque das Águas de Caxambu, o Minascentro, imóveis, a rodoviária de BH, direitos de calcário, de direitos minerais de argila e muitos outros ativos. Para privatizar o nióbio precisa de autorização legislativa e até hoje isso não aconteceu. A alternativa foi a de estruturar projetos de concessão e esses acordos vão de serviços de saneamento a hospitais e rodovias.

 

Avanços na área de saúde e tecnologia

A liderança e referência de atendimento à saúde em Minas e os aprendizados do pós pandemia foram os pontos abordados no Conexão Empresarial Anual Araxá23 pelo diretor de Mercado da Unimed-BH, Garibalde Mortoza. Ele disse que os prejuízos que as operadoras de planos de saúde tiveram no ano passado foram significativos e neste ano os prejuízos continuaram, mas a Unimed-BH teve um desempenho satisfatório. Desde a pandemia, a Unimed vem trabalhando com atendimento físico e essa experiência fez com que a Unimed passasse a investir mais no digital, fortalecendo cada vez mais o setor de inovações. Com a teleconsulta, a Unimed-BH conseguiu alcançar um milhão de atendimentos, sem a necessidade de deslocamento para hospitais e pronto atendimentos. Garibalde Mortoza disse que a Unimed-BH também foi a primeira a vender seus planos de saúde pelo e-commerce e ressalta que a “essência do nosso negócio é produtividade com sustentabilidade”.

Reforma tributária: fruto de um trabalho coletivo

O coordenador do grupo de trabalho da reforma tributária que tramita na Câmara Federal, deputado federal Reginaldo Lopes(PT), apresentou no Conexão empresarial os principais pontos da reforma tributária que tramita no Congresso Nacional e que, segundo ele,  os trabalhos são furto de um trabalho coletivo. Segundo ele, há um consenso em relação a necessidade de se faz a reforma. “O modelo atual é insustentável e impede o Brasil de se tornar competitivo. Nós estamos vendendo serviços e mercadorias mais caros para o brasileiro. Arrecadamos muito imposto sobre consumo e é preciso deslocar uma parte para a tributação de renda e patrimônio”. Para Reginaldo Lopes, a reforma vai tornar a economia mais eficiente e competitiva. Além disso, para ele, o custo tributário pode ser um dos motivos da desindustrialização brasileira, além dos problemas com a judicialização do imposto sobre consumo: “é impossível vender com o custo de produção, o custo Brasil que nós temos hoje. Os governadores dos estados do Sul e Sudeste usam recursos da guerra fiscal, mas isso deixou de ser interessante para um projeto de nação. É preciso retomar a eficiência econômica”. Reginaldo Lopes ressalta que o Brasil é muito desigual. A política de renúncia fiscal, mais a judicialização, mais o custo Brasil tem um custo de R$ 1 trilhão. “Estamos propondo uma reforma em oito anos para fazer a transição para trazer, segundo o parlamentar, segurança jurídica. Precisamos de fazer um modelo simplificado e que a população entenda a tributação no consumo”, ressaltou.

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