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Para ser (boa) mãe: cá entre nós, precisávamos vir melhor equipadas para desempenhar missão tão longa e difícil. A realidade nada colabora com as exigências da função. É muita responsabilidade para apenas um par de ombros. As horas de labuta vão além das nossas forças e não adianta queixar. Podemos estar exaustas, mas se há algo a ser feito, de algum jeito arrumaremos a energia necessária.
Preocupações não faltam. Nunca. Vencida uma etapa, começa outra. Nossos bebês crescem e, com eles, nossas inquietudes e aflições. Quando eram crianças de berço achávamos que as exigências não poderiam ser maiores. Poderiam. E serão.
O dia é curto e as tarefas parecem não ter fim. Continuaremos fazendo o que for preciso, porque… a bem da verdade, só pode ser por amor. Muito amor. AMOR assim, com letras maiúsculas. Em reluzente neon de cores bem gritantes. Exagerado. Amor de mãe é exagerado.
Saúde, segurança, desempenho escolar, amizades, namoros, escolha profissional, casamento, netos… Quando será que as coisas vão serenar e poderemos dormir sossegadas? Talvez nunca mais…
A maternidade começa cheia de mulheres desavisadas, despreparadas e iludidas. Nunca soubemos ao certo no que estávamos nos metendo. Achávamos que sabíamos, mas a realidade consegue surpreender até mesmo as mais veteranas viajantes. Cada filho é singular e completamente diferente do resto da prole. E nascerá num outro momento de vida, com os desafios da ordem do dia.
É muita responsabilidade para apenas um par de ombros
Apesar de todas as dificuldades e de nossas precariedades, nunca desistimos: permanecemos na linha de frente da batalha, como verdadeiras leoas. Sabemos que os filhos precisam de nós para crescer e amadurecer. Mãe não poupa esforços para ajudar filho na montagem de sua pessoalidade. Construir gente não é fácil. Gente boa, mais difícil ainda.
Mesmo depois de adultos, continuamos a “morar” dentro de nossos filhos – eles ainda vão gritar por nós quando precisarem de ajuda. Podem gritar baixinho, só lá dentro deles, mas vão chamar por nós. E lá estaremos para socorrê-los, em pessoa ou in memoriam.
Na verdade, mães não morrem nunca: continuam zelando por nós de um jeito ou de outro. Isso é que é amor sem fim.