Economia

A força das micro e pequenas empresas

a forca das pequenas e micro empresas

Souza e Silva: expectativa positiva para Black Friday e Natal        foto:Tião Mourão

 

Presidente do Sebrae Minas e da CDL-BH fala sobre projetos das 0entidades e também das parcerias para melhorar o comércio da capital

 

          As micro e pequenas empresas têm um papel importante na economia mineira, representando 35% do PIB do estado, e empregando mais de dois milhões de pessoas. Minas Gerais, segundo dados do Sebrae, possui pelo menos dois milhões de micro e pequenas empresas, que representam 11% desse tipo de empreendimento no país. Os números foram apresentados pelo presidente do Sebrae Minas e da CDL BH, Marcelo Souza e Silva, na edição de outubro do almoço-palestra do Conexão Empresarial, evento promovido pela VB Comunicação, no restaurante AA Wine.

          Na palestra para empresários e representantes da sociedade, Marcelo Souza e Silva ressaltou que este está sendo um ano desafiador e que apesar da estabilização da economia, após um início animador, as expectativas são boas em relação a Black Friday e o Natal, o comércio fechará o ano bem positivo. “Talvez não como o esperado, mas positivo, e isso é bom, porque são as atividades que mais empregam no país”, informou.

          Mesmo com os desafios que os empresários enfrentam, o presidente do Sebrae disse que trabalha na entidade com um orçamento de R$ 500 milhões e uma infinidade de projetos para ajudar a qualificar melhor os empreendedores mineiros. São projetos que garantem a credibilidade da entidade, que é considerada a sexta marca nacional nesse quesito. Alguns programas desenvolvidos em Minas Gerais deram tão certo que foram implantados também nacionalmente, como o programa de inovação para micro e pequenas empresas que, segundo Souza e Silva, foi adaptado para uma modelagem que atendesse a todo o país a pedido do Sebrae nacional. Esse trabalho também visa o desenvolvimento do turismo, da saúde e bem-estar, parcerias com a indústria e o agronegócio e com foco na educação empreendedora.

          O trabalho, em Belo Horizonte, se soma ao da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte que, segundo Marcelo Souza e Silva, tem desenvolvido parcerias importantes, oferecendo suporte de capacitação das empresas, e entendendo as demandas de mercado e das mudanças no perfil da população. Ele cita como exemplo o envelhecimento da população. “Isso envolve não só absorver essa mão de obra da geração prateada, que continua produtiva como preparar melhor o comércio e o setor de serviços para receber essas pessoas, com treinamento e capacitação tecnológica”, afirmou. Outro fator está no atendimento a essa faixa de consumidor. Para Marcelo Souza e Silva, muitas empresas têm dificuldade no atendimento das pessoas idosas e essa é uma questão que tem que ser revista rápido para que esse consumidor seja atendido adequadamente. “Existe um maior número de pessoas com 60 anos do que com 20 anos”, lembrou.

          Outra questão que o preocupa diz respeito às mudanças que estão sendo discutidas na Reforma Tributária. Segundo ele, aumento da tributação significa menos consumo, que por sua vez gera menos impostos, menos empregos e uma série de outros prejuízos à economia. Para ele, a simplificação é uma necessidade, assim como a desburocratização, mas sem que isso signifique mais impostos para o contribuinte. Além disso, ele pondera que os primeiros meses do ano foram positivos, mas que, nos últimos meses, a economia estabilizou. As prefeituras também sofreram uma queda preocupante na arrecadação, que impacta diretamente no consumo. A demora no repasse de recursos para os municípios também é um ponto de atenção, porque essa centralização dos recursos no governo federal gera prejuízos para os cofres municipais.

          Na CDL BH, Marcelo Souza e Silva trabalha com um orçamento de R$ 200 milhões, com uma parceria importante com o SPC Brasil, que possui o maior banco de dados da América Latina, e tem integrado discussões importantes para a cidade. Ele participa de mais de 50 colegiados de políticas públicas e tem trabalhado junto à prefeitura para recuperar alguns espaços e aproximar Belo Horizonte do que é hoje a cidade de Maringá, no estado do Paraná, considerada a cidade com melhor índice de qualidade de vida do país. Para tanto, será preciso que a prefeitura lidere algumas discussões, como é o caso dos moradores de rua. Dados indicam, segundo Souza e Silva, que pelo menos 30% da população de rua não precisa estar nessa situação. A recuperação do Centro da cidade é outra discussão importante. O crescimento desordenado de Belo Horizonte acabou afastando as pessoas da região e, para ele, é preciso levar a população de volta para essa região da cidade, não só para fazer compras, mas para morar, “porque quem mora, cuida”.

          O Conexão Empresarial tem o patrocínio da AngloAmerican, Drogaria Araujo, Grupo BMG, Codemge, Fiat, Mater Dei, My Box, OOH Brasil, Supermercados BH, Urbana, Usiminas e apoio do SetraBH

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