Política

À procura de um síndico

urna menor

(Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil)

 

        A temporada eleitoral para prefeito já começou. Em Belo Horizonte, Fuad Noman, que há dois anos substituiu Alexandre Kalil, busca manter-se sentado na cadeira de prefeito, disputando sua primeira eleição, contra nove novos pretendentes.

        Se examinarmos as pesquisas de opinião pública e o histórico das eleições passadas, três dos seus nove opositores – Lourdes da Costa (PCO), Indira Xavier (UP) e Wanderson Rocha (PSTU) – se inscreveram para participar de debates e utilizar o fundo eleitoral para divulgar seus partidos e não têm a mínima pretensão de passar para o segundo turno.

       Além de Fuad, restam Mauro Tramonte (Republicanos), que lidera as pesquisas e recebe apoio do governador Zema e do ex-prefeito Kalil; Bruno Engler (PL), na sua segunda tentativa, apoiado por Bolsonaro; Rogério Correia (PT), deputado federal e ex-vereador de BH por três mandatos; Gabriel Azevedo (MDB), presidente da Câmara Municipal, em aliança com o PSB, que indicou Paulo Brant, ex-vice-governador no primeiro governo Zema, para a vaga de vice-prefeito, e com o PSDB; e, ainda, duas candidaturas solo, Duda Salabert (PDT), de[1]putada federal, com expressiva votação em BH, e Carlos Viana (Podemos), senador. Contudo, menos candidatos do que os 15 da eleição passada.

 

Em política, acordo se paga à vista. não se vende para receber no futuro

 

         Até este momento, as constituições de chapas e coligações foram objeto de acordos, desacordos, negociações sobre tempo de TV, e arranjos políticos. Verifica-se que novas alianças surgiram e algumas delas, inclusive, consideradas improváveis, como a de Zema e Kalil. Dizer que alguns acordos visam à disputa para o governo estadual é confessar desconhecimento ou ingenuidade. Em política, acordo se paga à vista. Não se vende para receber no futuro.

       A esquerda perdeu a oportunidade de ter uma candidatura muito competitiva, se PT e PDT tivessem constituída uma chapa liderada por Duda, que tem bom desempenho nas pesquisas. Lula ainda não manifestou seu apoio em BH, como fez em Contagem, e a direita se dividiu em três candidatos (Tramonte, Engler e o senador Carlos Viana). Mais do que seus opositores, o desafio de Fuad é sua inexperiência eleitoral e sua desenvoltura em público, conforme se viu no debate da TV Band Minas, e seu alto desconhecido pela população.

       Até aqui tudo indefinido. Agora chegou a hora de os eleitores falarem. Como nos ensinou Hélio Garcia, a campanha começa depois da parada. Sete de setembro está chegando.

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