Mauro Ladeira

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        Enfim acontece com todos. A temida falta de assunto. Não de assunto propriamente dito, mas de um tema condutor que sintetize o que se deseja abordar. O que fazer numa situação como esta? Encher linguiça é sempre uma opção, como naquelas traumáticas redações de colégio onde a maldita inspiração não vinha inspirar. Mas vamos tentar fazer melhor. Um pot-pourri de temas diversos e desconexos.

Mas vamos tentar fazer melhor. um pot-pourri de temas diversos e desconexos

         Primeiro temos o inacreditável desempenho de Pablo Marçal no debate pela prefeitura de São Paulo. Aliás uma coleção de candidatos de fazer inveja: um condenado por fraude a bancos, outro acusado, com fortes indícios, de envolvimento com o PCC, um que acredita na democracia Venezuelana e finalmente uma candidata que até parece promissora, mas que também parece muito jovem para o tamanho da empreitada.

       A disputa pela PBH por outro lado vai mansa, com candidatos que ao menos não parecem protagonistas de um desses programas policiais de TV. Nas outras capitais, nada de muito notável. Nas Olimpíadas, os brasileiros puderam lavar sua alma do complexo de vira-latas. O Rio se mostrou melhor preparado que Paris, e os atletas demonstraram saudades. Não tivemos todas as medalhas que acreditávamos, mas o resultado final não foi o desastre anunciado.

      Na política brasileira, ou se adota uma legislação severa para conter as fake news, ou somente os fanáticos continuarão a acreditar nas postagens que nos chegam todos os dias. São “notícias” cada vez mais alucinadas, cada vez mais inacreditáveis e inaproveitáveis. É preciso um esforço de auto deseducação para acreditar nelas. A desfaçatez com que alguns mentem, dia após dia, mesmo tendo sido repetidamente refutados, mostra que o Efeito Flynn pode mesmo ter sido desastrosamente revertido.

       Na política americana, Kamala Harris parece ser o novo Obama. Claro, política é como as nuvens, mas será preciso uma tempestade tropical para alterar o quadro. Ucrânia e Rússia seguem em uma guerra que será (já é), tremendamente prejudicial para ambas. Não há saída fácil para o desastre que Putin construiu sozinho. Finalmente, é sempre com grande emoção que há 15 anos tenho o prazer de comemorar o Dia dos Pais. A emoção é sempre diferente, vai mudando com a idade deles. Mas a intensidade é sempre a mesma.