Cultura

BH é Bamba recebe inscrição de sambistas e grupos da Velha Guarda

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Chamamento público vai até o meio-dia de 1º de novembro.

“Quem não gosta do samba, bom sujeito não é, ou é ruim da cabeça ou doente do pé”. A composição de Dorival Caymmi, “Samba da Minha Terra”, mostra a paixão pelo estilo musical que se tornou uma marca cultural do Brasil. E em Minas ela também está presente. E para homenagear a tradição do samba entre as várias gerações em Belo Horizonte, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) lançou o projeto “BH É BAMBA – A cidade na Roda do Samba”.

A ideia é também valorizar a velha guarda desse gênero musical que está presente desde os primeiros anos da capital. E o projeto é um grande convite para quem é artista do samba nas diversas regiões de Belo Horizonte, assim como todas as culturas e os saberes que o acompanham.

O chamamento público para participar do “BH É BAMBA – A cidade na Roda do Samba” foi aberto na última sexta-feira (6/10) e vai até o meio dia de 1º de novembro.

O projeto abre espaço para inscrições de artistas individuais ou coletivos que representam a história do samba pela cidade. Em seguida, 18 nomes serão selecionados para se apresentarem na grande roda BH É BAMBA, em 2/12, o Dia Nacional do Samba. O evento será realizado no Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira – Cresan/Mercado da Lagoinha, com entrada gratuita, para a cidade inteira sambar.

Apresentação

Os selecionados receberão cachê artístico para o show no valor de R$ 3 mil, para artistas individuais, e R$ 4.100 para grupos. Se você é sambista ou integra algum grupo que faz parte dessa história, inscreva-se no BH É BAMBA.

Todas as inscrições são feitas dentro da plataforma do Mapa Cultural de BH. Basta acessar aqui e seguir as instruções.

O projeto BH É BAMBA é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com a Associação Cultural e Artística Ouro Negro.

Sobre o samba em BH

As origens do samba em Belo Horizonte remetem aos primeiros festejos populares da cidade, desde a sua fundação, herdados do antigo Curral Del Rei. Já em 1897, registros indicam a tradição do Carnaval e a presença dos tambores negros nas manifestações do Congado de Nossa Senhora do Rosário.

Na década de 1930, surge a primeira Escola de Samba da capital, a Pedreira Unida, na região da Pedreira Prado Lopes. Outros territórios muito importantes para o crescimento dessa manifestação cultural foram o Concórdia, o Conjunto Santa Maria e clubes de gafieira na Lagoinha ou na região central como o Elite e o Estrela Night Club.

Durante as décadas de 1960 e 1970, artistas do samba de BH começaram a se projetar também em outras cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo.

Na década de 1990, começaram a ressurgir espaços culturais e rodas de samba em diversos bairros da cidade, assim como novos compositores e compositoras, trazendo novas linguagens e propostas para o gênero do pandeiro e cavaquinho.

Na década de 2010, com a retomada do Carnaval de rua na região central, também floresceram os encontros entre diferentes gerações de sambistas e coletivos de preservação dessa memória na cidade.

Neste ano de 2023, foi realizada reunião pública para a criação do Inventário do Samba como Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, com convênio entre a Secretaria Municipal de Cultura e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

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