Saúde

DORES CRÔNICAS

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crédito:www.pexels.com

Tecnicamente falando, a dor é dita crônica quando persiste por três meses ou mais. É condição mais complexa do que se supõe à primeira vista, pois costuma envolver problemas físicos e emocionais. Quem padece por longo tempo de alguma dor física que dificulte a vida cotidiana pode vir a desenvolver transtornos de ansiedade e/ou depressão. A partir daí, uma coisa vai potencializando a outra: se a dor física aumenta, o transtorno psíquico também piora.

No reverso desses casos, quem padece de ansiedade crônica ou depressão resistente a tratamentos pode acabar acometido por algum desconforto físico na mesma forma de interação: uma coisa agravando a outra. Quando medicados por longo período de tempo, os pacientes costumam sofrer com efeitos colaterais de medicações ou mesmo desenvolver perigosa dependência física deles – haja vista a crise dos opioides que destruiu tantas vidas mundo afora.

Segundo informações do site norte-americano WebMD, dores crônicas afligem a alarmante soma de 25% da população adulta. Cerca de 9% dos participantes da enquete realizada declararam que suas dores são severas o suficiente para limitar sua vida cotidiana e sua atividade laboral. O número de gente afetada só tem feito aumentar com o passar dos anos porque a probabilidade de ser vítima de alguma dor crônica aumenta à medida que se envelhece e a população mundial tem um número recorde de cidadãos acima de 60 anos.

O BOM MANEJO CLÍNICO COSTUMA ENVOLVER UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR COM VÁRIOS TIPOS DE ABORDAGEM

Profissionais especializados em lidar com esses quadros ainda são poucos e difíceis de se encontrar. O bom manejo clínico costuma envolver uma equipe multidisciplinar com vários tipos de abordagem. Os profissionais experientes não se furtam a recomendar diferentes tratamentos simultaneamente. Eles sabem que muitos casos requererem mais do que os analgésicos de praxe: meditação, relaxamento, acupuntura, fisioterapia, psicoterapia, medicação psiquiátrica, entre outros, podem contribuir para solucionar ou atenuar o sofrimento.

Quando vitimados por essa condição, o importante é não desistir de tentar obter alívio responsavelmente. O desespero resultante pode ser mau conselheiro, mas bons profissionais podem ajudar muito. O problema afeta inclusive as pessoas próximas do paciente, que também necessitam e merecem orientação, atenção e cuidados.

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