Política

Salve-se quem for mais esperto!

VB ED277 Marco 24 salve se quem for masi esperto

Fonte:Jusbrasil

 

 

           Ações deletérias impulsionam o fogo cruzado das facções políticas que dividem o Brasil e visam, a todo custo, impor um domínio sobre a população. Aliás, esse embate se prolifera pelo mundo. Todos se apropriam de “suas verdades” para construírem narrativas veementes. Transformam a mentira em realidade e o lado oposto em inimigo mortal. A mediá-los surge o STF, que anula a coisa julgada, por mais que agrida o sentimento de justiça e a consciência da nação. Descondenam, com a mesma facilidade com que condenam, os cabeças dos movimentos que se digladiam.

          Enquanto a esquerda definha, a direita se agiganta e carrega, também, a bandeira que traz em seu bojo o estigma de vender ilusões. Esquerda e direita se afastam do caminho do meio, por onde, ao longo da história, a virtude sempre encontrou trânsito fértil para prosperar. A tão sonhada e esperada terceira via, em nosso colégio eleitoral, é abatida no nascedouro. É como se um abraço de afogados impedisse o Brasil de trilhar uma rota capaz de pacificar os ânimos e retomar condições de elaborar uma política consistente de crescimento econômico e bem-estar social.

Sem tergiversação, vivemos uma guerra sem trégua entre os três poderes

               Nesse imenso pântano, todos nós ficamos atolados. Falta-nos uma grande mídia que abrace, sem subordinação aos interesses de verbas, os valores e princípios democráticos. Deveria fazer um contraponto à guerra digital que torna refém e submissa a sociedade brasileira. Por mais lúcidas que sejam as difusões de ideias políticas, os que as professam não enxergam, nas evidências, argumentos que provoquem mudanças de comportamento. Esse é o grande dilema que vive o Brasil e o divide em polos opostos e aguerridos.

             Criou-se um vácuo administrativo, no qual os três poderes tentam assumir o protagonismo de nossa história. O Judiciário legisla sem a menor cerimônia, enquanto o Legislativo tenta, sem sucesso, recuperar o espaço perdido, ao mesmo tempo em que se apropria do orçamento e avoca do Executivo uma de suas principais funções. Ao acuar o presidente Lula, no manejo das verbas orçamentárias, fica evidente que o Brasil está em chamas. Sem tergiversação, vivemos uma guerra sem trégua entre os três poderes, quebrando a harmonia preconizada pela nossa Constituição. A falta de saúde política produz alienação em massa e se transforma em nossa maior epidemia.

 

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