Cleinaldo Costa: 5G vai conferir qualidade à comunicação remota
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Ministério da Saúde desenha política para o país e prepara portarias
para normatizar atividades do setor
A pandemia fez disparar o sistema de teleconsultas à medida em que os diversos núcleos de telessaúde, por todo o país, desenvolveram soluções e plataformas próprias como, por exemplo, chatbots que se comunicam, com uso de inteligência artificial, para filtrar as principais perguntas da população. O diretor do Departamento de Saúde Digital e Inovação da Secretaria de Informação e Saúde Digital (Seidigi/MS) do Ministério da Saúde, o médico Cleinaldo Costa, destaca alguns pontos importantes sobre teleconsulta:
CHATBOT
Foi desenvolvido chatbot com as 64 perguntas mais comuns da população, sobre Covid. O que passava destas 64 perguntas era filtrado por meio de inteligência artificial e alguma teleconsultora ou teleconsultor assumia o contato telefônico para orientar diretamente a população. Mais de 100 mil chamadas foram respondidas à população acerca da Covid.
Também foram motivados pela pandemia diversos programas de telessaúde, em todo o Brasil, que ampliaram a cobertura de teleconsultas e a oferta de teleducação em saúde.
Importante ressaltar que o Ministério da Saúde tem trabalhado para alinhar a saúde digital, que cresceu de forma expressiva durante a pandemia, porém, de maneira desarticulada. Para isso, os esforços são direcionados para que as teleconsultas sejam organizadas de acordo com parâmetros alinhados aos princípios do SUS.
PROTOCOLOS
Os protocolos de atendimento em teleconsultas já estão parametrizados há mais de 10 anos. Nesse momento, está em processo de elaboração a minuta para alteração da portaria Nº 2.546, 27 de outubro de 2011, do Ministério da Saúde, para a requalificação do programa de telessaúde, dentro do contexto da saúde digital. Os protocolos são estabelecidos de acordo com as especialidades médicas, na atenção secundária e terciária, e dentro do desenho de fortalecer as ações das equipes de saúde de família e comunidades nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), pelos mais de 5,8 mil municípios do país, sobretudo em áreas remotas, onde a atividade de telessaúde é mais necessária.
TELEATENDIMENTO
O teleatendimento é feito de forma síncrona ou assíncrona. Na forma síncrona, o médico demanda de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), com a presença do paciente, e é respondida, em tempo real, a partir de videoconferência, pelo médico especialista focal, que irá responder sobre aquela demanda específica da atenção primária. Então, essa relação entre as atenções primária, secundária ou terciária, por videoconferência, é chamada de televisão.
A teleconsulta direta hoje já está estabelecida e pode ser feita entre o médico e o paciente. Isso é a teleconsulta síncrona por videoconferência ou videochamada. Esse formato utiliza-se de uma plataforma digital de um ambulatório virtual, onde o relato e as condições clínicas do paciente e eventuais exames de imagem ou de laboratório são postados em campos específicos.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E INTEGRAÇÃO DE PRONTUÁRIOS
A inteligência artificial já é usada na saúde em diversos cenários, como por exemplo, para filtragem de exames de imagem, de eletrocardiogramas e de exames bioquímicos, de modo a perceber aquilo que tem a normalidade e a medida do filtro de anormalidade. Isso será revisto necessariamente por mãos humanas. Então, esse desenho, ele já existe e vem sendo continuamente aperfeiçoado. E, naturalmente, a lógica também já se integra a dos prontuários eletrônicos.
MELHORIAS
Existe um trabalho em torno do desenho da Política de Saúde Digital do país, que será objeto de três portarias do Ministério da Saúde em 2023, normatizando as atividades de saúde digital. E, dentro dela, as atividades de teles[1]saúde para os estados e municípios.
5G E PLATAFORMA DE ATENDIMENTO
O 5G vai contribuir com as plataformas de atendimento conferindo maior estabilidade de banda e com isso na qualidade da comunicação remota e transmissão de exames de imagem, por exemplo.
