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Boas e verdadeiras amizades são raras.
Não se trata de fazer menos de todas aquelas que iremos viver ao longo da vida. Elas são importantes e fazem parte daquilo que nos faz ser quem somos. Mas existem aquelas que, como disse Bertolt Brecht, são imprescindíveis.
São muitos os exemplos de grandes amizades que, ao longo dos séculos, moldaram o curso da humanidade. Filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles acreditavam que os amigos eram essenciais para o crescimento pessoal e a busca pela sabedoria e discutiram a importância da amizade em suas obras. Durante a Renascença, Leonardo da Vinci teve uma estreita amizade com o pintor italiano Giorgio Vasari, enquanto Michelangelo contava com o apoio de seu amigo e patrono Lorenzo de’ Medici.
Ter amigos verdadeiros, em quem possamos confiar e com quem podemos compartilhar nossas alegrias e tristezas, é essencial para o nosso bem-estar emocional. Tive a oportunidade de presenciar uma dessas amizades. Entre dois homens cujas personalidades a maioria diria que não poderia resultar jamais em um longo relacionamento. Pois estavam errados.
Meu pai e PCO descobriram entre um e outro qualidades e valores que somente eles podem explicar, mas que podemos muito bem especular. Homens fortes de opiniões igualmente vigorosas, foram, apesar de tudo, igualmente leais e brutalmente honestos, sempre verdadeiros um ao outro. Discordaram e foram sinceros em suas divergências a respeito, mas acima de tudo, se respeitaram e valorizaram mesmo as opiniões mais radicais. Acreditem, não deve ter sido fácil para nenhum dos dois.
Hoje, quando a ausência de meu pai se faz mais leve, vejo com saudades este relacionamento. O bom amigo de meu pai continua na luta pelo negócio que acredita e pelos princípios que guiam a ele e sua família. Ficam registrados minha admiração e respeito.
