Saúde

Convênio pode estimular e agilizar doação de órgãos no país

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Brasil é o quarto país em número absoluto de transplantes

Um convênio entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e os cartórios extrajudiciais vai facilitar a liberação dos documentos que regulam a doação de órgãos no país. Um aplicativo no telefone celular vai permitir a certificação da documentação.

O anúncio foi feito nesta sexta-feira (15/3) pelo corregedor nacional de Justiça e ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Luís Felipe Salomão. Segundo o magistrado, mais do que desburocratizar, a ação representa um ato de cidadania ao estimular a doação de órgãos.

O Brasil é o quarto país em número absoluto de transplantes, ficando atrás dos Estados Unidos, China e Índia. No ano passado, de cada mil pessoas que morreram no país, 14,5% poderiam ser doadoras em morte encefálica, mas somente 2,6% tornaram-se doadoras.

A principal barreira existente no Brasil para a doação é a recusa familiar. Em 2023, 42% das famílias recusaram a doação do órgão de um ente falecido.

Enquanto as famílias negam a doação, cerca de 60 mil pessoas aguardam por algum órgão no país. A maioria espera por um novo rim (32.862 pessoas), seguido de fígado (1.391), coração (359), pulmão (158) e pâncreas (11).

No ano passado, a lista de espera por um novo órgão recebeu 42 mil pessoas e em torno de três mil pessoas morreram sem passar pelo transplante. Atualmente, 1.381 crianças esperam por um novo órgão. A maioria aguarda por um novo rim (335), seguido por fígado (63), coração (49) e pulmão (6). A taxa de doadores é maior no Sudeste e no Sul.

*Com informações da Agência Brasil

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