Reprodução \freepik.com
A educação dos filhos, que demora um longo tempo, é arte que envolve amor, dedicação, perseverança – e se houver algum conhecimento sobre o desenvolvimento infantil, melhor ainda. Várias tendências vêm e vão: castigos físicos (que embora combatidos ainda continuam a existir); compreensão e diálogo; “é proibido proibir” (quando se quis acreditar que a liberdade total seria um estímulo ao desenvolvimento), só para citar algumas vogas.
Nunca houve uma teoria que não merecesse correções ou mesmo alguma que se tornasse consenso, mas já se evoluiu muito desde o tempo do autoritarismo desmedido, talvez a tendência mais nociva, pois gera adultos amargos e agressivos, que, por sua vez, continuam a recorrer à violência na educação dos próprios filhos, perpetuando um ciclo infernal. O autoritarismo não é defendido por nenhuma corrente atual de psicologia, até onde eu sei, mas houve época em que era quase a “norma”, tão entranhado estava no tecido social.
O tempo do namoro com o laissez-faire gerou um exército de pequenos déspotas, que ainda estão correndo soltos por aí, crianças que se tornaram pais lenientes que muitas vezes ainda se recusam a estipular limites para os próprios fi lhos. Ah! Limites… Esses geram dúvidas recorrentes, como se fossem um tema espinhoso, creio que porque as idas e vindas das diferentes correntes geraram uma certa confusão entre autoridade e autoritarismo.
PARA COLOCAR LIMITES OS PAIS DEVEM SE SENTIR SEGUROS PARA USAR COM COMPETÊNCIA SUA AUTORIDADE
Para colocar limites os pais devem se sentir seguros para usar com competência sua autoridade parental – fator indispensável na educação infantil e em todas as decisões a serem tomadas em relação ao bem-estar dos filhos: a escola, a saúde, os hábitos rotineiros, os bons modos (a lista é grande).
Como não há teoria ou recomendação que seja boa para todo mundo, é melhor pensarmos no que pode efetivamente ajudar os pais a navegar por território tão amplo: que eles procurem aprender mais sobre o desenvolvimento infantil, da vida intra-uterina à idade adulta. Há muitos livros bons sobre o tema que merecem ser lidos. Para o bom desempenho da função parental é interessante conhecer a criança sob nossa responsabilidade. Pais que tiveram infância turbulenta podem necessitar de muita ajuda. Quando há dúvidas, buscar a orientação de psicólogos é sempre recomendável.
