Com design contemporâneo, Grow Savassi funciona 24 horas por dia, sete dias por semana
FOTOS:Milene Marques
De diversão a esporte olímpico, o tênis de mesa ganha adeptos em várias academias espalhadas pela cidade
Um esporte que em outros tempos era apenas uma grande diversão passada de pai para filho ganhou força nos últimos tempos e está novamente conquistando corações pelo mundo. O tênis de mesa, originado do pingue-pongue e elevado em 1988 à categoria de esporte olímpico, está sendo jogado em várias academias espalha das por Belo Horizonte e Região Metropolitana. E foi a Savassi que a Life Pong, criada em São Paulo, escolheu para instalar em março deste ano sua primeira unidade na capital.
A expectativa de atingir 250 alunos até o fim do ano foi superada em pouco tempo e os sócios mineiros Eduardo Ribas de Castro e Mauro Lúcio Oliveira e a assessora Tatiana Navarro de Castro agora planejam abrir até o final de 2025 a segunda academia, entre o bairro Belvedere e o Vale dos Cristais, em Nova Lima. Uma terceira está pre vista para 2026 no bairro Buritis. Eduardo de Castro explica que o pingue-pongue sempre fez parte da história de sua família e de muitas outras por gerações, mas o crescente interesse pelo tênis de mesa se deve especialmente às conquistas de campeonatos internacionais por atletas brasileiros.
O atual campeão mundial Hugo Calderano e o fundador e idealizador da Life Pong, Henrique Narita, 10 vezes medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos, são bons exemplos. O empresário conta que morava em São Paulo, onde conheceu a Life Pong, e propôs aos donos do empreendimento paulista trazer a ideia para Belo Horizonte, onde formou sociedade com Mauro Lúcio. O atendimento e a infraestrutura completa, com equipamentos de alta qualidade e professores experientes, têm atraído cada vez mais praticantes para a academia, que atende desde iniciantes a jogadores avançados.

Todo o equipamento é fornecido pela academia, que abre espaço também para day use, bate-bola livre entre os mensalistas, aniversários e eventos corporativos, tanto para a prática do pingue-pongue quanto do tênis de mesa. Os mensalistas podem optar por pacotes de uma, duas ou três vezes por semana, com aulas individuais ou coletivas monitoradas por três profissionais. Os alunos ainda participam de torneios e rankings.
A Life Pong trabalha com base em três pilares: qualidade de vida; atividade física, proporcionando mais saúde física, emocional e mental e senso de comunidade, ajudando na formação de novas amizades. “Temos alunos que querem competir no tênis de mesa, se desenvolver no esporte. Temos também muitos pais, filhos e avôs que querem simplesmente relembrar os tempos de infância, e brincar de pingue-pongue, como muitos dizem.
Na parte da manhã e à tarde, a maior frequência é de crianças, jovens e apo sentados que jogam pingue-pongue. À noite, o público é formado por adultos saindo do trabalho”, explicou Eduardo. Luca Gandini, de 14 anos, treina desde março deste ano. “Sempre joguei um pouco em inter valos, em clubes quando tinha a possibilidade. Se um dia der, eu ficaria muito feliz em me profissionalizar, gosto muito de esporte em geral e tênis de mesa é um dos meus favoritos”, conta.

Monyer Khuzam, nascido na Síria e natura lizado brasileiro, foi um dos primeiros mensalistas da Life Pong BH. “Ainda criança, quando eu estava na Síria, meu pai levava a gente para jogar pingue-pongue com ele na igreja, nos clubes e entre as famílias. Minha mãe era professora de educação física e com ela era tênis de mesa, um nível mais avançado. Fiz algumas aulas na Síria, mas não rendeu por causa da guerra. Em Belo Horizonte, passei um dia na porta da academia e pensei: agora projeto social Programa Corra Legal, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que funciona no Barreiro e atende jovens em situação de vulnerabilidade.
Um professor é cedido pela academia para dar aulas de tênis de mesa toda terça e quinta à tarde. v vou realizar meu sonho”. Mauro Lúcio conta que a Life Pong possui também parcerias com entidades, clubes, em presas e rede hoteleira, além de dar suporte ao projeto social Programa Corra Legal, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que funciona no Barreiro e atende jovens em situação de vulnerabilidade. Um professor é cedido pela academia para dar aulas de tênis de mesa toda terça e quinta à tarde.
CURIOSIDADES
– O nome pingue-pongue surgiu devido ao som da bola batendo na mesa e nas raquetes.
– Estima-se que existam cerca de 300 milhões de praticantes ocasionais e 40 milhões de praticantes federados de tênis de mesa no mundo.
– A Ásia é a maior potência da modalidade, especialmente China e Japão.
– No Brasil, existem aproximadamente 12 milhões de praticantes, com 14 mil deles filiados a alguma federação, de acordo com a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).
– O tênis de mesa é considerado o terceiro esporte mais praticado no país