Medida integra ações de combate à dengue, zika e chikungunya.
Mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia foram liberados pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) nesta quarta-feira (22), como uma das estratégias de prevenção e combate à dengue, zika e chikungunya adotadas na capital.
Os mosquitos que carregam a bactéria têm a capacidade reduzida de transmitir os vírus para as pessoas, diminuindo o risco de surtos das doenças transmitidas por ele. A soltura ocorreu no Bairro Belvedere, Região Centro-Sul da capital. A ação é realizada ao longo do ano em todas as regiões de BH.
A Wolbachia é um micro-organismo intracelular e não pode ser transmitido para humanos ou animais. Os mosquitos que carregam essa bactéria foram produzidos no insetário da prefeitura e não possuem nenhuma modificação genética.
“Belo Horizonte é uma das cidades pioneiras na implantação desta tecnologia e foi o primeiro município do país a ter um insetário próprio, construído com recursos da prefeitura. É um investimento importante, pois garante autonomia, continuidade e controle das ações”, explica o subsecretário de Promoção e Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos.
Projeto começou em 2020
Em Belo Horizonte, o método teve início em 2020 e a soltura dos mosquitos com a bactéria é uma estratégia complementar às demais ações de enfrentamento às arboviroses que a prefeitura realiza para controle e prevenção das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
“Cabe reforçar que a população tem papel fundamental como parceira da prefeitura para evitar a proliferação do mosquito. Segundo o último LIRAa, 86,9% dos focos estão dentro das casas e, por isso, é tão importante que cada um contribua, fazendo uma vistoria em casa e ambientes de trabalho para eliminar qualquer situação que possa favorecer o acúmulo de água”, completa o subsecretário.